segunda-feira, 18 de julho de 2011

Capacidade animal: chipanzés conseguem perceber falas distorcidas e incompletas.

Cientistas descobriram que uma talentosa chimpanzé, chamado Panzee, pode reconhecer palavras distorcidas e incompletas faladas por um computador. Isso sugere que os macacos podem ser mais capazes de perceber sons falados do que se pensava, e que o ancestral comum de humanos e chimpanzés também pode ter tido essa capacidade.
A principal conclusão disso, segundo os pesquisadores, é que refuta a ideia de que somente os seres humanos possuem cérebros excepcionalmente adaptados ao processo da fala/discurso.
Panzee foi criada por seres humanos. A chimpanzé foi tratada como se fosse humana. Ao mesmo tempo, ela aprendeu a usar símbolos chamados lexigramas para se comunicar. Isso resultou em Panzee mostrando proficiência na compreensão de aproximadamente 130 palavras em inglês.
Os cientistas dizem que isso fez dela um objeto ideal para testar hipóteses sobre o quão bem outras espécies, além dos humanos, podem ser capazes de compreender a fala.
A linguagem e o discurso são há muito tempo vistos como nossa capacidade especial. Um argumento propõe que, além dos seres humanos serem a única espécie capaz de produzir discurso, devido à sua anatomia, eles também tem um módulo cognitivo especializado para processar discurso.
A evidência para isso vem de estudos que mostram que os seres humanos podem entender a fala mesmo quando ela está incompleta ou altamente distorcida.
No entanto, uma visão alternativa a essa é que o processamento auditivo é fundamentalmente semelhante na maioria dos mamíferos, e que os animais, portanto, tem habilidades latentes de percepção da fala.
Assim, os pesquisadores testaram Panzee para descobrir se ela também poderia reconhecer palavras faladas incompletas ou distorcidas.
Ela ouviu discursos codificados, que alteram as frequências das palavras faladas. Isso produz um som semelhante ao que as pessoas com implantes cocleares ouvem. Panzee também ouviu um discurso chamado de onda senoidal, que é sintetizado a partir de apenas três tons puros. Ambos os tipos de discurso modificados são compreensíveis pelas pessoas.
Os pesquisadores descobriram que Panzee reconheceu as palavras degradadas com muito mais frequência do que se fosse aleatoriamente. Sua educação parece ter lhe dado experiência suficiente de ouvir e entender as palavras faladas para permitir que ela as reconhecesse mesmo distorcidas.
A conclusão destaca a importância da experiência inicial na formação da percepção da fala, e fornece evidências de que um ancestral comum dos humanos e chimpanzés teve a mesma capacidade de perceber o discurso.
Segundo os pesquisadores, se os seres humanos possuem mesmo um módulo cognitivo especializado de processamento de fala no cérebro, seria algo que evoluiu mais tarde na nossa espécie, tornando-nos mais eficientes no que fazemos.

Surpresa: homens gostam mais de carinho e beijos.

Quem gosta mais de dormir de conchinha? De beijar? O homem ou a mulher? Eu sei que você provavelmente respondeu a mulher, mas é aí que a surpresa entra: não só os homens precisam de mais carinho e beijos, como a satisfação sexual é mais importante para as mulheres em relacionamentos de longo prazo.
Então o mundo virou de ponta cabeça? Em um estudo sobre relacionamentos internacional, pesquisadores entrevistaram 1.009 casais heterossexuais nos Estados Unidos, Brasil, Alemanha, Japão e Espanha.
Com idades entre 25 e 76 anos, as pessoas ou viveram juntas ou eram casadas há pelo menos um ano – em média, eram casados 25 anos. O estudo é um dos primeiros a examinar a satisfação sexual e a satisfação no relacionamento em homens e mulheres que estão em relacionamentos comprometidos a longo prazo.
Segundo os pesquisadores, há muitos estereótipos populares sobre mulheres e sexo. Porém, o novo estudo mostra que, para o jovem médio, sexo é importante e talvez seja até um pouco mais importante para os parceiros do sexo feminino.
Na pesquisa, casais que abraçavam, beijavam e acariciavam seus parceiros frequentemente, bem como faziam sexo com mais frequência, relataram estar mais satisfeitos sexualmente.
Tanto homens quanto mulheres notaram ser mais felizes quanto mais tempo estavam em um relacionamento sério. Para as mulheres, o sexo ficou melhor quanto mais tempo o casal estava junto. As que estavam com o mesmo parceiro por 15 anos ou mais relataram um aumento na satisfação sexual.
Outras descobertas incluem que os homens japoneses relataram significativamente (2,61 vezes mais) satisfação sexual em seus relacionamentos do que homens americanos.
Mulheres japonesas e brasileiras também eram mais propensas a relatar satisfação sexual do que mulheres americanas.
Geralmente, os homens eram mais propensos a serem felizes se eram saudáveis, e se seus parceiros tinham orgasmos.
Os pesquisadores consideram o estudo importante porque mostra que as pessoas podem estar em relações comprometidas por décadas e ainda desfrutar de sexualidade saudável e vibrante.
Também, dizem os cientistas, um monte de coisas que ouvimos e lemos na mídia é alimentada por imprensa popular, anedotas e informações que as pessoas tomam como um dado, um fato. Segundo eles, é só um estereótipo, que não condiz com a realidade demonstrada por pesquisas.

Magma quente pode ter dado origem aos mamíferos modernos.

O surgimento dos mamíferos atuais não poderia ter acontecido sem a brusca mudança de temperatura da Terra que aqueceu nosso planeta há milhões de anos atrás.
Agora, uma pesquisa sugere que o fenômeno que deu condições de vida aos mamíferos pode ser atribuído ao magma quente. Segundo o estudo, é graças às rochas fundidas expelidas por vulcões que a Terra pode se aquecer.
O período de calor em questão é o Eoceno, que é a segunda época da era Cenozóica. Nele surgiram os primeiros antepassados dos mamíferos modernos, os animais com cascos. Isso começou a quase 56 milhões de anos atrás, quando a temperatura média da Terra era muito maior do que a atual. Em alguns milhares de anos do período, a temperatura da Terra aumentou 5 graus Celsius, em média.
O calor intenso favoreceu os animais menores. Os membros das espécies que surgiram eram relativamente pequenos, pesando menos de 10 quilos. Animais maiores não seriam capazes de lidar com o excesso de calor.
Esse super aquecimento da Terra é conhecido como Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno. Alguns cientistas acreditavam que o Máximo Térmico teria acontecido depois de um ciclo de 400 mil anos de variações na órbita terrestre que aumentaram a incidência da energia solar recebida. Isso teria resultado no aquecimento das águas oceânicas, que ocasionaria na liberação do metano congelado nas encostas do oceano. Posteriormente, o metano teria atingido a atmosfera em forma de dióxido de carbono, após se ligar à água do mar.
Outra teoria para o aquecimento da Terra que deu origem aos mamíferos é a atividade no interior da Terra, com rochas ricas em carbono. Quando o magma foi liberado pelos vulcões, gases de efeito estufa teriam chegado à atmosfera, gerando então o aumento da temperatura terrestre.
A última hipótese parece a mais provável. Pesquisadores se aventuraram no Ártico e, analisando sedimentos vulcânicos antigos, perceberam que o período em que eles foram superaquecidos bate com a época do Eoceno, entre 55,7 milhões e 55,9 milhões de anos atrás. Tudo indica que o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno aconteceu por processos geológicos, e não por mudanças nos ciclos orbitais da Terra.
Com base nisso, podemos crer que o magma quente foi o elemento que realmente aumentou as temperaturas globais, ocasionando o surgimento dos mamíferos em nosso planeta. Registros do Ártico de milhões de anos atrás são importantes para entender as alterações do clima nos dias de hoje. Examinando o passado, também podemos imaginar o que pode acontecer no futuro, caso a região passe por um novo processo de aquecimento.

Satisfação faz bem pro coração – mesmo.

Uma maneira simples e agradável de manter a saúde da cabeça e do coração: segundo um novo estudo, a alegria no cotidiano faz bem e diminui os riscos de doenças cardíacas.
Participantes do estudo deram notas em um escala de 1 (muito insatisfeito) a 7 (muito satisfeito) para o nível de satisfação que sentiam com seu emprego, família, vida sexual e com eles mesmos. Os pesquisadores relacionaram esses elementos com os riscos de problemas de coração que as pessoas apresentaram, e chegaram ao resultado de que quanto maior a satisfação com a vida, menor o risco de problemas cardíacos.
Os pesquisadores acompanharam 8 mil servidores do governo britânico que participaram do estudo por seis anos, analisando os registros dos participantes para mortes relacionadas com o problemas no coração, ataques cardíacos não fatais, angina ou dor no peito.
Maiores níveis de satisfação com a vida foram associados com 13% de redução de risco de doenças cardíacas. Mesmo quando os pesquisadores levaram em consideração outros fatores de risco, como pressão arterial alta e índice de massa corporal (IMC) os resultados se mantiveram.
Estados psicológicos positivos podem ser relevantes para indivíduos com alto risco de problemas cardíacos. A satisfação com o emprego, família, sexo e com a auto-estima é uma importante forma de proteger o coração.
Se sentir satisfeito com a vida nem sempre é fácil, mas com esforço para não se estressar com os problemas e levando tudo de maneira mais light, podemos ter uma melhoria na qualidade de vida.

Amor aos animais está em alta porque não tem cobranças, diz especialista.

estilo.uol.com.br/
O homem tem bicho de estimação desde que vivia nas cavernas. O cachorro, por exemplo, aparece nas mais antigas pinturas rupestres. Hoje, porém, os animais domésticos alcançaram status de membro da família. Existe um mercado voltado para eles, quase como se fossem crianças. "Nós, certamente, estamos vivendo uma época de enorme atenção em relação aos animais", afirma o professor doutor César Ades, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

Mirian Goldenberg, antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que o que mudou, também, é que a sociedade ficou mais individualista. "As pessoas sentem-se mais sós e os bichos passaram a ser excelentes companhias. Houve, de certa forma, uma humanização dos animais."

Para a psicóloga Malu Favarato, há muitas pessoas cada vez mais satisfeitas com a convivência com seus bichos -e até casais que preferem criar um animal a ter um filho. O amor aos animais é completamente diferente do amor entre humanos: não tem cobrança e é sempre divertido. "Está tão em alta porque é um amor que gratifica e quase não exige", afirma Mirian Goldenberg. "As pessoas percebem mais reciprocidade do que nos relacionamentos convencionais, onde se sentem constantemente cobradas e criticadas."

Não há dúvida de que o animal não pede nada, além de carinho e cuidados básicos. "Conheço muitas pessoas que dizem receber mais amor e compreensão dos bichos do que dos filhos ou amigos. E não é por falta de convívio social", diz a antropóloga. Para a psicóloga Malu, essa troca afetiva intensa entre o bicho e o dono, muitas vezes, supera relações menos positivas estabelecidas entre pessoas.

Juliana Bussab, jornalista de 35 anos, ama os animais, em especial os felinos. Fundadora da ONG Adote um Gatinho, ao lado de Susan Yamamoto, ela se dedica a resgatar, cuidar e encontrar um bom lar para gatos abandonados. "Eu sou mole. Sofro um pouco por cuidar de um bichinho e depois ter de doá-lo. Mas se eu não fizer isso, vai virar colecionismo", diz. A ONG nasceu há oito anos e tem um abrigo na zona oeste de São Paulo. Conta com 40 voluntários e salva cerca de 80 gatos por mês. Desses, por volta de 30 não conseguem ser doados.

Mas Juliana tem os felinos dela. Em sua casa, vivem oito gatos permanentes, mas lá também funciona como lar temporário para os animais resgatados que precisam de cuidados especiais, como os recém-nascidos, feridos ou em recuperação de uma cirurgia. "Claro que o meu marido adoraria ter o banheiro do escritório livre para usar, mas sempre tem uma mãe com seus filhotinhos por lá. Tenho sorte de ele perceber que é isso que me faz feliz e me apoiar."
  • Haroldo Saboia/UOL "Não me sinto mais sozinho", diz Rafael Martins, publicitário que é dono da Alaska

Rafael Martins, publicitário de 30 anos, é dono da Alaska, uma cadela de raça com nome complicado: west highland white terrier. Ela foi abandonada por um canil, após não ser mais útil para dar crias. Resgatada por uma organização de proteção animal, foi adotada por Rafael. "Como moro sozinho, a minha vida mudou. Acordo mais cedo para levá-la passear, ela assiste à televisão comigo, fica no meu pé enquanto estou no computador ou me observando quando estou cozinhando... Está sempre me seguindo, abanando o rabinho. Não me sinto mais sozinho", conta. "Minha preocupação era exclusivamente comigo. Agora, tenho que me dividir com ela. E isso está me fazendo muito feliz. É bom dar carinho para um animal que, provavelmente, nunca recebeu isso antes."

A fisioterapeuta Egle Della Paschoa, de 29 anos, é noiva e seu futuro marido terá de adotar Beatriz, sua cadela vira-lata, pois, dela, Egle não abre mão. "Ela é minha filha, sim, e não me importo com o que as pessoas pensam disso. Eu não faço questão de manter muita proximidade com quem não gosta de animais", diz.

Segundo o psicólogo Guilherme Cerioni, cuidar de animais é uma forma de receber de volta o amor que doamos. "As pessoas, hoje em dia, sentem dificuldade de se relacionar ou de estabelecer um vínculo social, por diversos fatores da forma de vida contemporânea. Penso que é nesse gesto recíproco, entre animal e seu dono, que encontra-se aquele sentimento de carinho e amor sem quaisquer interesses, puramente sincero e com a ausência de palavras". Ainda assim, lembre-se de que é impossível viver sem o afeto humano. “O animal não pode se tornar uma armadilha de isolamento afetivo e social", afirma a psicóloga Malu Favarato.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Nova dieta muito eficaz: levar somente dinheiro ao supermercado.

Uma nova ideia, bem simples, pode ser a melhor solução para quem quer emagrecer: se tem uma coisa mais realista do que assumir que está acima do peso, é simplesmente não ter dinheiro.
Agora, você pode usar isso a seu favor: a dor de pagar por sua comida em dinheiro pode reduzir os gastos com alimentos não saudáveis.
Segundo uma nova pesquisa, quando você tem que tirar aquela nota do seu bolso para bancar certos vícios alimentícios como bolachas, sorvetes e batatas fritas, a sua probabilidade de desistir deles é maior.
Os melhores amigos da mulher – o cartão de crédito e de débito – são um perigo ainda maior no supermercado: eles levam a mais compras de impulso.
No primeiro dos vários experimentos da pesquisa, os cientistas analisaram os recibos de uma amostra aleatória de 1.000 clientes fiéis em uma cadeia de supermercados durante um período de seis meses.
Os pesquisadores observaram que tipos de alimentos foram adquiridos em 100 categorias diferentes, bem como o método de pagamento.
Antes de analisar os recibos, eles observaram se os consumidores se percebiam como saudáveis ou não, e se compravam por impulso ou planejadamente.
O estudo constatou que o método de pagamento parecia enfraquecer o controle dos impulsos das pessoas: os consumidores compravam mais itens considerados não saudáveis quando pagavam com cartões do que quando usavam dinheiro.
Os pesquisadores também notaram que os consumidores que faziam compras nos fins de semana tinham menos probabilidade de serem impulsivos e tendiam a obedecer à lista.
A maior surpresa foi que os cartões de débito tiveram o mesmo efeito psicológico dos cartões de crédito. Embora cartões de débito sejam equivalentes ao dinheiro – uma vez que a grana que você gastou é quase que imediatamente deduzida de sua conta – a abstração do pagamento com o cartão influenciou as decisões de compra do consumidor.
Em outras palavras, as pessoas não sentem a “dor no bolso” com qualquer tipo de cartão, como acontece ao sacar dinheiro.
Os pesquisadores consideraram, entretanto, que esses padrões de gastos pudessem ser um contraste entre os famosos “mãos de vaca” contra “compradores compulsivos”.
Eles resolveram analisar essa questão, observando 125 alunos fazendo uma tarefa comercial simulada por computador.
Os “pães-duros” foram mais propensos a comprar produtos impulsivos quando usavam cartão de crédito ao invés de dinheiro, mas o método de pagamento teve pouca influência sobre os gastadores compulsivos.
Curiosamente, o método de pagamento não teve efeito sobre a compra de produtos saudáveis virtualmente, por exemplo, iogurte sem gordura ou pão integral. Produtos virtuais não produzem arrependimentos, e você pode facilmente justificar gastar dinheiro com eles.
Mas a conclusão geral é: alimentos gordurosos produzem mais arrependimentos quando suscetíveis à dor do pagamento. Então, uma “dieta” de ir ao mercado somente com dinheiro seria o novo segredo para um corpo perfeito?
Para os consumidores com dificuldade de controlar seu consumo impulsivo, pode ser uma boa ideia. As vantagens do autocontrole relacionado a pagar em dinheiro podem compensar as desvantagens para algumas pessoas.

5 Argumentos pró-maconha que não estão ajudando.

A maioria das pessoas que fuma maconha quer sua legalização. Esse artigo não é um “manifesto contra a maconha”, mas alguém tem que falar para os defensores da planta que eles são algumas das pessoas mais irritantes do planeta. Estamos falando das pessoas que advogam pela causa tão chatamente e com tanta insistência que se parecem com os caras que batem de porta em porta querendo te converter para a religião deles. Nesse ponto, alguns dos defensores da maconha ficam tão equivocados em seus argumentos que acabam sendo seu pior inimigo. Confira alguns desses argumentos bizarros:
1 – A legalização vai salvar a economia

Esse parece ser o argumento dominante desde que a economia despencou. Com os impostos que o governo cobraria em cima da maconha, o país estaria a salvo. Alguns documentos americanos até citam números muito grandes, como o fato de que a legalização total nos EUA traria 9,7 bilhões de reais anualmente se a maconha fosse tributada com taxas semelhantes aos do álcool e do tabaco. Mas, ao lado do total de tributos recolhidos em 2010 (3,3 trilhões) e a dívida nacional atual (22,6 trilhões) dos EUA, a reivindicação é comparável a tentar mudar a órbita do sol com uma .38.
Não há dúvida de que a legalização iria criar alguns empregos e trazer dinheiro aos países graças a receitas fiscais. Mas não ia ser a salvação da economia, e, quando um bando de “maconheiros” fala isso, parece que eles não têm ideia do que estão falando.
A mesma coisa quando os defensores dizem que, legalizando a maconha, eliminaríamos o custo relacionado com a aplicação da lei, uma vez que a droga seria legal. Como se o país de repente se transformasse em um paraíso da maconha sem regulamentações ou restrições à sua produção, e todos estariam apenas se voluntariando para declarar e pagar os impostos movidos por um sentido de dever cívico.
Não. Ainda vão ter foras da lei, o que significa que você ainda terá que pagar por policiais para investigar e prender pessoas que usam maconha não autorizada. Além disso, vamos precisar de vários novos regulamentos para descobrir exatamente o que estamos legalizando e o que acontece com as pessoas que violam as novas leis. E ainda teremos que fazer novas leis e contratar pessoas para certificarem-se e fiscalizar de que ninguém as está violando. Realmente, muito mais fácil, e bem mais barato.
2 – Maconha para pacientes com câncer e para fazer papel

Não, ninguém quer que legalizem a maconha para “ficar doidão”. Quem precisa são os pacientes de câncer. Eles não podem ficar sendo despedidos de empregos por usar maconha medicinal, e etc… Acredito que quem precisa de maconha medicinal consegue, certo? Para eles, já é legal. Pior que uns loucos devem mentir que têm dor crônica ou estresse crônico, ou qualquer coisa crônica, só para conseguir alguma.
Esse argumento é geralmente seguido da defesa geral de que a maconha pode ser usada para muitas coisas! Você pode fazer papel, roupa, corda… Ah, claro! A maconha só é ilegal graças à indústria maldosa do papel.
Quantas vezes você ouviu esses argumentos de amigos que não tem câncer, e jamais tiveram, nem terão a necessidade de ter uma corda? Só para constar: não acho que seja ilegal usar maconha para fazer corda, fique à vontade. Não é para isso que a legalização vai servir, né…
Aliás, de todos os argumentos que você já ouviu de alguém que quer a legalização da maconha, algum deles foi: “eu quero ficar doidão sem ter medo de ser preso”? Para mim, parece o único argumento lógico – não que eu tenha algo contra quem queira isso, mas não dá fingir que tal coisa sem sequer passa pela cabeça dos defensores. Quando ninguém admite isso, fica até pior: parece que nem os usuários da maconha, perfeitamente saudáveis, e com papel de sobra em casa, consideram que esse argumento seja suficiente para legalizar a planta.
3 – Na verdade, é boa para você

Acho que quem não fuma maconha é idiota. Passamos da propaganda governamental antierva ridícula que grosseiramente exagerava os danos da droga para simplesmente dizer o contrário.
Quem nunca ouviu o argumento de que a “maconha não é tão ruim quanto outras drogas ilegais” e “ela não faz mal” até, literalmente, dizer que a erva é “boa para você”? Como se fosse vitamina C ou cálcio.
Por exemplo, quando vários estudos mostraram que um princípio ativo da planta pode retardar o crescimento de alguns tumores (ao mesmo tempo que outros crescem mais rápido), esses mesmos estudos indicaram que os resultados foram obtidos através da injeção de um produto químico e não de dar baseados a ratos de laboratório. No entanto, os defensores da erva imediatamente assumiram os resultados e os traduziram para manchetes infinitas afirmando que fumar maconha “cura o câncer”. Aham, tenho certeza que nenhum “maconheiro” já morreu de câncer.
Não importa que todos esses estudos sobre efeitos colaterais positivos e outros produtos químicos na cannabis se desdobrem para dizer-lhe que isso não significa que fumar maconha vai curar seu câncer. Isso porque, em geral, respirar fumaça de qualquer tipo não é bom para você.
Apenas três cigarros de maconha pior dia fazem mais danos aos pulmões quanto vinte cigarros de tabaco. Sim, há estudos que não ligam câncer à maconha. Mas também há estudos que encontraram o oposto.
E mesmo se tirarmos o risco de câncer, há toda uma série de efeitos negativos que podemos listar: logo após fumar, a frequência cardíaca média aumenta entre 20% a 100%, e esse efeito pode durar até três horas – o risco de ataque cardíaco dispara até cinco vezes na primeira hora. Se você tem distúrbios de ansiedade, más notícias: a planta pode causar ataques de pânico, paranoia, e é um alto risco para desencadear uma situação já existente. Nos cérebros não formados de fumantes mais jovens, a maconha atrapalha o desenvolvimento emocional básico e também promove a paranoia. Os usuários também são muito mais propensos a ter doenças e faltar ao trabalho. Um dos maiores debates até agora é se os usuários mais jovens estão em maior risco para o surgimento de esquizofrenia (30 estudos mostraram uma conexão).
Não, maconha não é pior que heroína. Mas não me venha dizer que é a mesma coisa que brócolis.
4 – Álcool e cigarro são piores, e legalizados

Sim, bebidas e cigarros são muito ruins para você. Mortais, até, se abusados. Os médicos sempre dizem para as pessoas pararem, ou morrerão dentro dos próximos cinco anos. Eu nunca ouvi um médico dizer isso sobre a maconha. Dirigir embriagado e câncer relacionado ao fumo, então… Já mataram milhões.
Daí vem alguém que diz que, não, a maconha é pior. Quantos argumentos inteligentes, não? Um é pior, não, o outro é pior, não…
Eis a verdade sobre esse debate: não importa. Falar sobre as mortes do tabaco e do álcool faz todo o sentido como um argumento para tornar essas coisas ilegais, e não a maconha legal. Você não entende que “a maconha vai matar menos pessoas do que os cigarros!” não se aplica a %$# nenhuma porque ainda mata pessoas? Você também poderia passar uma lei que permite que garotos de 12 anos carreguem armas escondidas para a escola porque ia matar menos pessoas do que dirigir bêbado.
Se o argumento é que a maconha é a escolha mais segura, então por esse raciocínio, é também mais seguro engolir um cacto do que segurar uma cascavel. Alguém obriga você a escolher entre os dois? Não há uma terceira opção de simplesmente não fazer nenhum deles?
De novo, não estamos dizendo que ninguém deveria fumar maconha, que isso é horrível, e que seus defensores são um bando de drogados que blá, blá, blá. Apenas vamos ser sinceros: as pessoas bebem e fumam sabendo que faz mal, admitam que vocês também querem a maconha, mesmo que saibam que vai fazer mal.
5 – Não é viciante

Quem não tem um amigo ou conhecido que diz que “só fuma quando quer”? Mesmo cigarro normal. Os que acham que “fumam pouco” se consideram no direito – super cético – de se colocar em uma categoria completamente diferente dos outros fumantes.
Claro, a coisa que mais assusta a sociedade sobre qualquer droga, e a única coisa que faz com que o álcool e o tabaco sejam tão mortais, é o vício. Isso é crucial para qualquer argumento para a legalização, porque não se pode falar de “liberdade” de usar algum produto, se esse mesmo produto de fato tira a sua capacidade de escolher livremente parar de usá-lo. Você não ouve as pessoas nas reuniões de AA sentando e refletindo sobre o quão incrível foi que eles tiveram a liberdade de beber.
E ainda temos aquelas pessoas que discutem sobre como a maconha “não é viciante” enquanto acendem seu décimo cigarro com quatro horas de sol ainda restantes no dia.
Tem sido sugerido que, como a maioria dos usuários não são habituais, a maioria das pessoas nunca vai desenvolver uma dependência grave de maconha. Assim como nem todos que bebem vão se tornar alcoólatras.
Na verdade, cerca de 15% dos bebedores desenvolvem uma dependência grande, ao contrário de cerca de 9% dos usuários de maconha. Isso é apenas as estatísticas para vícios considerados “graves”. Entre 10% e 30% dos fumantes de maconha, pelo menos, caem em um vício menor. Nota-se que nenhuma dessas estatísticas é 0%. Você sabe, importante para dizer que maconha “não vicia”.
Daí as pessoas trazem exemplo dos pais e tios. Pedante. Sim, seu pai ou seu tio fumou maconha toda a sua vida adolescente durante os anos 1960 e 70, e quando decidiu arquivar seus dias de festa e se juntar ao mundo adulto, ele não teve problemas em se afastar das ervas.
Só tem um problema: o nível médio de THC (a substância química da maconha) na época era cerca de 4%. Nas últimas décadas, subiu para mais de 10%, com algumas plantas tendo até 30%. É previsto que nos próximos cinco a dez anos, essa média chegará a cerca de 15% antes de atingir um limite.
O que isso significa? Significa que você fica doido mais rápido, usando menos droga. Isso também significa que mais jovens, fumantes inexperientes, têm uma maior chance de viciar do que seu tio ou seu pai.
Beleza acreditar que a maconha é muito mais fácil de parar de fumar do que álcool, heroína, etc. Mas a crença de que “não é viciante” é besteira. Quer uma maneira fácil de conferir isso? Desista dela por um ano. Tenho a sensação de que seria difícil para muitos dos usuários, considerando como vários não passam uma semana sem. É difícil abrir mão de algo que você construiu sua personalidade inteira em torno, não?

Fim de uma era: última missão de um ônibus espacial da NASA é lançada.


Uma era acaba: o último ônibus espacial da NASA, Atlantis, foi lançado dia 8 de julho, para a missão final STS-135.
Foi um momento histórico: a última vez que uma nave espacial, ícone americano, se direciona aos céus rumo ao desconhecido.
Atlantis embarcou em uma missão de 12 dias à Estação Espacial Internacional, para onde levará cerca de 4.318 quilos de suprimentos e peças de reposição para o laboratório em órbita.
O material deve manter a estação bem abastecida e funcionando nos anos seguintes à aposentadoria do programa de ônibus espaciais da NASA.
Atlantis também realizará um experimento destinado a testar a tecnologia que poderia reabastecer e potencialmente reparar satélites em órbita.
A missão STS-135 transporta uma tripulação de apenas quatro astronautas, ao invés dos seis ou sete habituais. Os últimos quatro astronautas que voarão em uma nave espacial são o comandante Chris Ferguson, o piloto Doug Hurley e os especialistas em missões Rex Walheim e Sandra Magnus.

Pliossauro de Dorset: o mais temido predador marinho que a Terra já viu.

E você com medo de tubarões: cientistas descobriram recentemente o crânio pertencente a um dos maiores “monstros marinhos” que já existiram. O animal, chamado de pliossauro, foi descrito como o predador mais temido que a Terra já viu.
O fóssil foi encontrado em Dorset, na Inglaterra. 18 meses foram necessários para remover o crânio de seu invólucro rochoso, revelando o monstro em um detalhe notável. Os cientistas suspeitam que a criatura pode ser uma nova espécie, ou mesmo gênero.
O fóssil de 155 milhões de anos foi descoberto pelo colecionador Kevan Sheehan entre 2003 e 2008; os ossos foram gradualmente desenterrados dos penhascos perto de Weymouth.
Agora, 95% do seu crânio já estão restaurados. O animal está bem preservado. À primeira vista, se assemelhava mais a pedaços rochosos enormes do que um monstro marinho, mas um processo de longa preparação revelou os detalhes do fóssil.
Parecendo um pouco com um crocodilo gigante, é fácil conferir o poder dessa “máquina de morder”: pliossauros, que viveram durante os Períodos Jurássico e Cretáceo, eram os maiores predadores dos oceanos.

Sua cavidade ocular, empoleirada no topo de sua cabeça, revela como ele fixaria seu olhar em qualquer presa que passasse; as aberturas imensamente poderosas que seriam os músculos da mandíbula permitiam que ele capturasse qualquer coisa que cruzasse seu caminho, e os enormes buracos até o seu focinho, que continham seus dentes gigantes e afiados, ajudariam a terminar qualquer refeição.
Seu corpo volumoso, que se moveria na água usando quatro membros como “pás”, nunca foi encontrado, e pode mesmo até nunca ter sido fossilizado. Mas novas estimativas dos cientistas, com base no crânio de 2,4 metros de comprimento, sugerem que o predador teria medido entre 15 e 18 metros, da cabeça a cauda.
Atualmente, os especialistas não sabem falar direito o dono do título de maior monstro do mundo do mar, porque é raro encontrar um fóssil completo.
O pliossauro de Dorset é grande, mas talvez não o maior. Peças de espécimes potencialmente maiores foram encontradas em Oxfordshire, Inglaterra, e o crânio de uma espécie de pliossauro chamado kronossauro, da Austrália, pode ser de até 3 metros.
Descobertas recentes em Svalbard, Noruega, apropriadamente chamadas de “Monstro” e “Predador X”, assim como o “monstro de Aramberri” encontrado no México, também são candidatos.
No entanto, os cientistas dizem que ter um crânio quase completo – está faltando apenas a ponta do focinho e um pequeno pedaço de sua mandíbula – dá-lhes uma oportunidade rara de obter um vislumbre da vida deste animal antigo.
Tomografias computadorizadas, que sondam o fóssil usando raios-X, já estão sendo estudadas para avaliar se a criatura é nova para a ciência. O animal parece diferente dos já descritos: é muito mais maciço, mais robusto. Porém, muito estudo terá que ser realizado antes de qualquer conclusão.
O crânio mais completo do predador marinho mais poderoso que já viveu na Terra está em exibição no Jurassic Coast, (em português, Costa Jurássica), patrimônio mundial que fica na Inglaterra.

Porções: o tamanho das suas mordidas pode estragar sua dieta.

Segundo um novo estudo, pequenas mordidas podem incentivá-lo a comer mais do deveria.
A pesquisa se focou em tamanho da mordida – ou quantidade de comida em cada garfada – que pode variar dentro de uma refeição e de pessoa para pessoa.
Já que é falta de educação espreitar dentro da boca de alguém enquanto eles estão mastigando, os pesquisadores usaram o tamanho garfo como uma medida de tamanho da mordida.
O estudo mostrou que usar um pequeno garfo em um restaurante pode incentivá-lo a comer uma porção maior do que usando um grande garfo. Podíamos pensar que um utensílio menor reduziria o consumo, mas na verdade aumentou, quando a questão era comer fora de casa.
Os cientistas avaliaram como o tamanho garfo influenciou a quantidade de alimentos ingeridos por clientes em um restaurante italiano.
Durante dois almoços e dois jantares, os pesquisadores compararam a quantidade de comida consumida por aqueles que receberam ou um garfo grande, que detinha 20% mais dos alimentos do que um utensílio regular, ou um garfo pequeno, que detinha 20% menos.
Eles pesaram o conteúdo de cada prato antes e depois de servido, e também controlaram outros fatores que podiam influenciar o consumo no restaurante, tais como preço, se era almoço ou jantar, e se os clientes tomaram álcool ou comeram um aperitivo com a refeição.
Os clientes deixaram mais comida no prato quando usaram um garfo grande, em vez de um pequeno, um padrão oposto ao que estudos tinham mostrado para tamanho de porção, onde porções maiores ou embalagens de alimentos incentivavam a pessoa a comer.
Outro fato estranho é que os cientistas publicaram um estudo semelhante pedindo a 81 pessoas para comer uma tigela de salada de macarrão, mas, em vez de jantar fora, os participantes comiam em um ambiente de laboratório. Voluntários usaram os garfos pequenos ou grandes e foram instruídos a comer o quanto quisessem.
Desta vez, porém, os participantes que comeram com um garfo grande consumiram mais comida do que aqueles que utilizam um menor – o contrário do que foi visto no restaurante e similar aos resultados dos estudos sobre tamanho da porção.
Por que essa diferença, então? Os pesquisadores suspeitam que os participantes do laboratório provavelmente não tinham um objetivo bem definido de fome, e não pagaram dinheiro para consumir um alimento de sua escolha. Então, eles tinham motivações diferentes do que as pessoas que jantam fora, e que investem mais tempo, esforço e dinheiro em sua refeição.
Em um restaurante, o tamanho do garfo só faz diferença para porções maiores. Diante de um grande prato de comida, as pessoas não sentem visualmente que estão fazendo progresso em direção a seu objetivo de saciar a fome com um garfo pequeno, então consomem mais.
Os pesquisadores não sabem dizer como esses resultados se aplicam às refeições feitas em casa. Mesmo assim, o conselho deles é que você decida por si mesmo se já comeu o suficiente, sintonizando sinais de satisfação. Estímulos externos – tamanho do garfo, tamanho do prato, tamanho da porção – podem lhe enganar e levá-lo a comer exageradamente.

Uma em cada três pessoas se sente “sufocada” pela tecnologia.

Atualmente, uma em cada três pessoas se sente “oprimida” pela tecnologia. É o que afirma um estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que fez uma pesquisa dividida por idade e região com oito meses de duração.
Os adultos britânicos, em geral, afirmaram que consideram como positiva a existência de dispositivos móveis e redes sociais. O que incomoda, no entanto, é a presença constante de tanta tecnologia na rotina dos jovens. Entre os pesquisados de 10 a 14 anos, 38% afirmaram que o excesso de tecnologia pode prejudicá-los, taxa que foi de 34% entre pessoas de 25 a 34 anos.
Entre os adultos, 65% dizem que ainda preferem se comunicar pessoalmente a falar através de alguma mídia. Esperava-se que essa taxa fosse muito menor entre crianças e adolescentes, mas aí veio a surpresa: 64% dos jovens também pensam assim. Outra surpresa está na consequência dessa preferência. Aqueles que se declararam sufocados pela tecnologia tendem a ser frustrados em outros setores da vida, enquanto os que se sentem bem com tantos aparelhos revelam estar mais confiantes e satisfeitos a respeito da própria vida.
A técnica para se adaptar bem à tecnologia, segundo um dos autores da pesquisa, é discutir com as famílias e entender o uso de cada mídia em casa. A quantidade de tempo que cada um passa em frente ao computador, por exemplo, não importa. Se o indivíduo tem consciência de como e porque usa a tecnologia, saberá julgar a quantia saudável de uso para si mesmo.

Por que, afinal, é tão difícil beber com moderação?

Pesquisadores da Universidade de Washington resolveram fazer um estudo visando responder à seguinte questão: se todo mundo sabe que beber demais em uma noite causa vômitos, lapsos de memória, ressacas ou algo ainda pior, por que é tão difícil não exagerar nos drinques?
A resposta, segundo os cientistas, é psicológica e “cultural”. Aparentemente, o fato de passar mal de tanto beber, em uma noite, não traumatiza o indivíduo, que já está psicologicamente pronto para outro porre na ocasião seguinte. Ressacas, portanto, não ficam marcadas no cérebro humano como experiências negativas muito fortes.
Para chegar a essa premissa, os pesquisadores reuniram 500 estudantes da própria Universidade de Washington. Todos os pesquisados responderam como foi viver uma série de coisas que podem acontecer a um ser humano bêbado. Desmaios, brigas, ressacas, faltas a aulas ou ao trabalho, perda ou roubo de objetos, tudo era relatado pelos estudantes. Os aspectos positivos, em contrapartida, também foram observados: os estudantes não se esqueceram das ocasiões em que a bebida os ajudou a se inserir em grupos sociais e ter sucesso em encontros amorosos.
A surpresa da pesquisa foi a seguinte: aqueles que tiveram experiências ruins as avaliaram como não sendo menos ruins, e menos prováveis de ocorrer, do que aqueles que não passaram por maus bocados. Ou seja, quem sofreu garante que a bebida não traz problemas, e quem nem chegou a sofrer é mais cauteloso.
Basicamente, o que acontece é o seguinte. Se você presencia um porre alheio, pensa automaticamente que “isso nunca vai acontecer comigo”. Se você próprio atravessa essa experiência, está de ressaca na manhã seguinte e pensa que “nunca mais vai beber tanto assim”. Mas a promessa, geralmente, não se cumpre em ambos os casos.
Dessa forma, segundo indicam os cientistas, o caminho para diminuir o alcoolismo entre os jovens é fazê-los “compreender”, neurologicamente falando, os aspectos negativos da bebida. O desafio é convencer o cérebro de que os fatores negativos de um porre pesam mais na balança em relação aos positivos.

sábado, 9 de julho de 2011

Refrigerante diet: amigo ou inimigo? Bebida é ligada à má saúde.

Tudo que tem “diet” ou “light” no meio faz os olhos das mulheres brilharem, e dá aquela sensação de conforto em comer ou beber algo que normalmente a pessoa não faria.
Agora, dois novos estudos relacionam o ato de beber refrigerante diet a uma pior saúde global.
O primeiro estudo foi baseado em dados de 474 participantes. Eles foram acompanhados por quase 10 anos.
As pessoas que bebiam dois ou mais refrigerantes diet por dia tinham uma cintura seis vezes maior do que as de pessoas que não bebiam refrigerante diet. Os bebedores de refrigerante diet, como um grupo, tiveram um aumento da circunferência da cintura 70% maior.
Segundo os pesquisadores, a gordura abdominal é um fator de risco para diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e outras condições crônicas.
No segundo estudo, foi descoberto que o adoçante artificial aspartame aumentava os níveis de açúcar no sangue em ratos propensos à diabetes. Os ratos que receberam aspartame, usado em alguns refrigerantes diet, apresentaram níveis elevados de açúcar no sangue.
Os resultados sugerem que a exposição alta ao aspartame pode contribuir diretamente para o aumento da glicemia e, assim, contribuir para as associações observadas entre o consumo de refrigerante dietético e o risco de diabetes em humanos.
Ou seja, a grande conclusão do estudo é que os refrigerantes diet e adoçantes artificiais podem ser isentos de calorias, mas não de consequências.

Petição: ajude o Brasil a livrar-se de uma prática ilegal que pode extinguir os tubarões.

falei sobre finning aqui. Essa prática consiste da pesca ilegal de tubarões para obter exclusivamente suas nadadeiras.
Em todos os oceanos, cerca de 70 milhões de tubarões são mortos todo ano para abastecer o ávido e lucrativo comércio mundial de nadadeiras de tubarão.
Depois da captura e corte das nadadeiras do tubarão, os pescadores o atiram de volta ao mar. Muitas vezes vivo, mas brutalmente aleijado, o animal afunda e morre, comido por outros peixes ou apodrecido.
E pra quê servem essas nadadeiras? Elas abastecem o mercado chinês para produção de sopa de barbatana de tubarão, tradicional prato da culinária chinesa considerado afrodisíaco e símbolo de status.
A “crença” de que partes de animais podem trazer benefícios à saúde do homem ou curar suas doenças é comum no Oriente. Porém, não se pode justificar tamanha crueldade com os animais através de uma cultura.
Pior ainda: se você acha que, porque tem a ver com a China, o Brasil está fora dessa, está enganado. Um recente estudo que analisou nadadeiras de tubarões à venda em Hong Kong (um dos maiores mercados no mundo, onde a barbatana de tubarão pode custar até R$ 1.110 o quilo), concluiu que 21% das nadadeiras vinham do Oceano Atlântico Ocidental, área que inclui o Brasil.
Ou seja, existem pescadores no Brasil, como há em outros 120 países, participando da pesca ilegal e do tráfico de barbatanas de tubarão.
O Brasil (Portaria do Ibama nº 121/1998) proíbe que as carcaças de tubarões dos quais tenham sido removidas as barbatanas sejam jogadas de volta ao mar. O país somente permite o transporte a bordo ou o desembarque de barbatanas em proporção equivalente ao peso das carcaças retidas ou desembarcadas.
O peso total das barbatanas não pode exceder a 5% do peso total das carcaças. Nos desembarques, todas as carcaças e barbatanas de tubarões devem ser pesadas. A legislação é boa, mas de difícil emprego, controle e fiscalização. Será que funciona?
A pesca para obtenção das barbatanas de tubarão é uma ação predatória: é insustentável e está ameaçando seriamente a sobrevivência das populações de tubarões. 43% das espécies de tubarões em nosso litoral já estão ameaçadas de extinção. Se nada for feito, dezenas de espécies, cujas populações declinaram em até 90% nos últimos 20 anos, estarão extintas nas próximas décadas.

Elefantes podem ter, em breve, mesmo fim que mamutes: extinção

Construção de novas estradas que se embrenham na floresta, destruição do habitat, ganância pelo marfim: essas são alguns dos motivos que podem ocasionar um infeliz desfecho para os elefantes.
O destino dos elefantes-da-floresta, que vivem na África, está em nossas mãos. A ação humana pode manter esses animais em nosso planeta ou levá-los à extinção, como aconteceu como os mamutes-lanosos, que tiveram seu habitat destruído e foram caçados em troca de seu marfim.
Até cerca de 15 mil anos atrás, mamutes, mastodontes e uma série de outros mamíferos, ancestrais dos elefante, estavam espalhados por todo o globo. No final do Pleistoceno havia milhões deles no mundo, inclusive em improváveis lugares como no norte da Europa e na América do Norte.
A mudança de clima e o habitat desses animais também foi alterado: o local em que costumavam viver foi invadido por outros tipos de vegetação, como a tundra. Se já estava difícil sobreviver nesta situação, a caça humana pode ter acelerado ainda mais a extinção de mamíferos como os mamutes. E ao que parece, a história pode estar se repetindo, desta vez com os nossos conhecidos elefantes.
Os elefantes contemporâneos vivem em três áreas: a Ásia, o cerrado africano e as florestas da África Central. O elefante-da-floresta, em especial, aparece cada vez de maneira mais diminuta, na África e sofre um grave risco de desaparecer e ser lembrado apenas em fotos ou documentários.
Até certo ponto, os elefantes africanos escaparam do “holocausto do marfim” durante os tempos coloniais, entre as décadas de 1970 e 1980, porque estavam escondidos na obscura floresta da Bacia do Congo. Mas este habitat está desaparecendo junto com os grandes mamíferos. Com a extração de recursos naturais da região, os animais se tornam alvos fáceis para os caçadores – sendo mortos em um ritmo alarmante.
Outro problema é a construção de estradas, que vão direto ao coração da floresta. Elas não só fragmentam o habitat como também facilitam o acesso de caçadores ilegais.
O vislumbramento de dinheiro fácil, atrelado ao crime organizado e a agitação civil em alguns países africanos aumentam o comércio ilegal de marfim. A crescente classe média da Ásia é um grande mercado deste produto. Na África Central, produtos de marfim são vendidos abertamente em lojas.
Assim como esses gigantes precisam da floresta, a floresta precisa dos elefantes. Elefantes-da-floresta são importantes fertilizadores, depositando grande quantidade de material orgânico na terra na forma de esterco.
Com a crescente perda de habitat e com a caça, pode restar pouco tempo para esses fantásticos animais na Terra. Existem parques nacionais e programas para a preservação das espécies de elefantes, mas elas não são tão rápidas quanto à devastação que o ser humano está causando. Será que eles vão conseguir superar a ganância humana?

Comportamento saudável pode depender das influências que uma pessoa tem.

Uma nova pesquisa sugere que a saúde de uma pessoa pode depender dos hábitos alimentares e de exercício das pessoas que ela vê ao seu redor todos os dias.
Os resultados mostram que comportamentos saudáveis são fortemente influenciados por normas sociais dentro de uma comunidade ou grupo social. As normas sociais, ou o que as pessoas percebem como um comportamento aceitável, podem influenciar as pessoas a comer bem e manter a forma, independentemente de receberem incentivo para fazê-lo dos amigos e familiares.
Estudos anteriores já haviam sugerido que os amigos podiam moldar a saúde das pessoas. Por exemplo, a obesidade se “espalha” entre os semelhantes. No entanto, muito desse trabalho anterior não levou em conta o apoio social, que é a consultoria, assistência e aclamação geral da família e dos amigos.
Os pesquisadores examinaram estudos sobre comportamentos de saúde de 3.610 mulheres entre as idades de 18 e 46 anos, na Austrália. Para avaliar a influência das normas sociais, eles observaram as respostas das mulheres a declarações como “Eu vejo com frequência pessoas caminhando no meu bairro” e “Eu sei que muitas mulheres comem alimentos saudáveis quando jantam fora”.
Para avaliar o apoio social, foi questionado às mulheres quão frequentemente os membros de sua família praticaram exercícios junto com elas, ou as encorajaram a serem ativas e a comerem alimentos com pouca gordura.
Mulheres que afirmaram ver muitas vezes pessoas se exercitando e caminhando em seus bairros foram mais propensas a se exercitar e a caminhar também. Já as mulheres que disseram que conheciam muitas pessoas que tomavam refrigerantes e comiam fast food tinham mais probabilidade de beber e comer esses alimentos não saudáveis também. Os resultados se mantiveram independentemente de as mulheres receberem incentivo saudável da família ou dos amigos.
Segundo os pesquisadores, o desejo de ser aceito pode ser o que leva as pessoas a imitarem os comportamentos. Para “se encaixar” em um grupo, as pessoas fazem o que as outras pessoas em sua comunidade estão fazendo.
Mulheres que disseram ver frequentemente outros se exercitando e tendo hábitos alimentares saudáveis podem ver esses exemplos como socialmente desejáveis. Porém, alertam os pesquisadores, também é possível que mulheres com hábitos e práticas saudáveis simplesmente sejam mais propensas a entrar em contato com outras pessoas que se comportam da mesma maneira.
Ainda assim, os cientistas acreditam que os hábitos saudáveis podem ser “contagiosos”. Se as pessoas em torno de você comerem bem e se exercitarem, você pode ser mais propenso a praticar esses comportamentos também.
A descoberta sugere que as campanhas de saúde, para serem eficazes, devem visar a alteração de normas sociais, como anúncios que defendem o exercício, promovendo comportamentos saudáveis. Quanto mais informações forem expostas, mais as pessoas são propensas a mudar sua percepção do quão importante esse comportamento saudável é.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Estudo tenta descobrir onde espécies ainda desconhecidas poderiam estar.

No primeiro estudo do tipo, cientistas tentam identificar a localização da maioria das espécies de plantas “desaparecidas” do mundo.
Mas como assim “desaparecidas”? Os ambientalistas estimam que mais 15% além das 336.000 espécies de plantas com flores do mundo ainda vivam longe dos holofotes da descoberta humana.
E a nova análise trouxe algumas surpresas. A boa notícia é que a maioria das espécies ainda não descobertas de plantas na Terra vivem em regiões que já recebem a maior parte dos esforços de conservação.
A má notícia é que, mesmo assim, esses lugares estão sob ameaça extrema. Eles não são apenas lugares com muitas espécies: são lugares onde a perda de habitat ocorreu ao extremo.
Esses lugares são chamados de “pontos de biodiversidade”, regiões definidas mais de uma década atrás como áreas ao redor do mundo que são lar de pelo menos 1.500 espécies não encontradas em nenhum outro lugar do planeta, e onde pelo menos 70% do habitat natural foi destruído.
Uma vez que essas “zonas de perigo” foram identificadas, as organizações de conservação do mundo todo se concentraram nelas como prioridade sobre outras áreas.
Apesar da prioridade de conversação ser esses lugares, o problema é ainda mais grave do que os cientistas pensavam. Isso porque essas espécies não identificadas vivem em um número relativamente pequeno em pequenos locais do globo, passando despercebidas.
Pense em um cardeal, um pássaro chamativo e abundante com um habitat amplo, contra um pequeno pássaro de cor cinzenta que vive em apenas um trecho de floresta no Equador – é muito mais difícil de encontrar, não?
Embora esse conceito de zonas de perigo tenha revelado áreas onde espécies identificadas estão ameaçadas, os ambientalistas ainda não conseguiram conhecer as espécies que restam no mundo – aqueles que nunca foram descritas.
A nova pesquisa foi uma primeira tentativa de quantificar esses desconhecidos conhecidos. É um dos maiores problemas da conservação: tentar descobrir o que continua desconhecido.
Prever onde essas “ainda a serem descobertas” espécies podem habitar não é fácil. A equipe de pesquisadores utilizou um modelo de computador que revelou onde a maioria dos “desconhecidos” vive: de fato, 70% das plantas vivem em seis regiões de muita biodiversidade da América Central, América do Sul, África do Sul e Austrália.
Eles também analisaram desde o início a tentativa da humanidade de classificar organismos vivos, começando em 1700, e seguindo o caminho de descoberta ao longo da história para chegar a suas projeções do número de espécies de plantas que existem realmente na Terra, e, assim, onde as plantas com flores mais “desconhecidas” devem viver.
É o primeiro modelo que reconhece que o processo de descoberta de espécies tem um elemento inerente à condição humana. Até coisas como guerras mundiais e outros tipos de distúrbios geopolíticos alteraram o número de espécies descritas, porque os humanos estão ocupados com outras coisas do que procurar flores novas.
Então, se há de fato mais de 50.000 espécies de plantas de floração na Terra que nenhum taxonomista jamais descreveu nas páginas de um livro, porque nós deveríamos nos importar? Por que é importante preservar essas espécies que nem conhecemos ainda?
Segundo os ecologistas, quanto mais sabemos sobre os ecossistemas e funcionamento deles, mais descobrimos que não sabemos de nada. Em face dessa incerteza imensa, parece muito importante que estejamos nos esforçando para saber pelo menos um pouco mais do que sabemos hoje.

Infância online: pais temem que filhos fiquem viciados em Facebook.

Não são apenas jovens e adultos que se fascinam com as redes sociais, passando horas e horas em frente a um computador: as crianças também têm grande interesse nesses sites, talvez mais, podendo chegar ao vício, trocando as brincadeiras comuns da infância pelo computador.
Uma nova pesquisa afirma que um terço dos pais do Reino Unido acredita que seus filhos podem correr perigo na internet e 80% acham que seus filhos podem se tornar viciados em redes sociais como Twitter e Facebook. Um terço dos pais não é nem um pouco cético com o possível poder da web: eles acreditam que a internet pode “moldar” o cérebro de uma pessoa.
Não há evidências de que as redes sociais possam ser prejudiciais, e muito menos que o uso da web possa mudar o cérebro de alguém. Ao contrário disso, o uso do Twitter e Facebook pode ser positivo: as redes sociais são uma boa ferramenta para que crianças melhorem a coordenação motora e desenvolvam habilidades a partir de jogos online, além de reforçar laços de amizades.
Estudos ainda não forneceram evidências sobre efeitos nocivos do uso da internet nas crianças, mas é senso comum que deve haver controle dos pais para que seus filhos não passem a maior parte da infância em frente ao computador. Como o vício já é um problema mundial – não apenas com as redes sociais, mas com toda a internet – já existem tratamentos para as pessoas que não conseguem deixar de ficar conectadas.
A internet pode ser usada beneficamente, basta saber lidar com ela. O medo exagerado de alguns pais pode suprimir as crianças de se desenvolverem positivamente utilizando a informática. Apesar disso, 61% dos pais do Reino Unido desconfiam das histórias positivas sobre a internet, acreditando que os discursos sejam financiados pelos interessados. E você, o que acha?

Escolas da Coreia do Sul vão substituir livro impresso por tablets.

A sociedade tecnológica de hoje gira muito em torno de dispositivos móveis, uma parte quase fundamental da vida diária de muitas pessoas. Mais recentemente, os “tablets” (dispositivos pessoais em formato de prancheta que podem ser usados para acessar a internet, entre outras funções) ganharam popularidade com novos modelos, como o iPad 2 da Apple e Galaxy Tab da Samsung.
E eles não são apenas usados para fins de entretenimento: mais e mais empresas e escolas estão substituindo livros didáticos e manuais impressos por tablets.
Por exemplo, a Alaska Airlines substituiu seus manuais de voo por iPads e a American Airlines está querendo adotar o tablet também.
Agora, a Coreia do Sul quer substituir livros didáticos nas escolas por tablets. Na semana passada, o Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia do país anunciou que o governo vai investir mais de 3,11 bilhões de reais na ideia, e espera ter substituído os livros didáticos de impressão completamente até 2015.
Além disso, a Coreia do Sul vai criar um sistema de servidor para suas escolas, para permitir que as crianças baixem livros em seus tablets. A proposta é tornar o aprendizado mais conveniente, já que as crianças poderiam simplesmente ter o material em seu dispositivo móvel.
Os alunos podem ter aulas on-line nos tablets também, e o governo contará essas classes como frequência escolar regular. Também, crianças doentes ou hospitalizadas por um longo período de tempo podem acompanhar aulas e trabalhos escolares através do tablet.