terça-feira, 20 de setembro de 2011

Piso nacional do professor deve ter reajuste de 16,68% e passar para R$ 1.384 em 2012.

A memória do cálculo de lei orçamentária para 2012, enviada ao Congresso Nacional pelo Ministério do Planejamento e divulgada nesta terça-feira (20) prevê um aumento de 16,68% no valor mínimo investido por aluno pelos governos municipais, estaduais e federal. A diferença entre um ano e outro neste valor é o cálculo utilizado pelo MEC (Ministério da Educação) para o piso nacional dos professores: por conta disso, o salário mínimo docente deve ir dos atuais R$ 1.187 para um valor em torno de R$ 1.384.
O total mínimo investido por aluno do ensino fundamental passará dos R$ 1.722,05 para R$ 2.009,45. A origem desse dinheiro é o Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica) e os Estados que não conseguem atingir esse mínimo recebem uma complementação da União.
Pela primeira vez, Minas Gerais e Paraná precisarão receber o dinheiro, geralmente destinado a Estados mais pobres. Piauí e Rio Grande do Norte vão conseguir pagar o valor. Os outros Estados que continuam na lista são Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba e Pernambuco. No total, a complementação chegará a R$ 9.603.858.15 em 2012.
Os valores exatos devem ser definidos em breve pelo Ministério da Educação.

Salário

O valor mínimo pago aos docentes estava sendo contestado por alguns Estados até uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), em abril, que decidiu que o total deveria ser encarado como vencimento básico.
Desde então, professores vêm fazendo paralisações para garantir o direito e os Estados tentam se mobilizar para pagar o valor. O caso mais emblemático é o de Minas Gerais, onde os docentes estão parados há mais de cem dias. Eles pedem o pagamento do piso definido pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), calculado em R$ 1.597,87, mas anunciaram que aceitarão negociar o valor nacional mínimo.

Investimento por aluno

O valor investido por aluno já era considerado insuficiente para uma educação de qualidade em 2011. Cálculos do CAQi (Custo Aluno Qualidade Inicial), feitos com base no PIB (Produto Interno Bruto), mostram que o valor deveria ser de, no mínimo, R$ 2.194,56 -ainda acima do previsto para 2012.

sábado, 10 de setembro de 2011

Religião e ciência: 6 visões sobre o núcleo da Terra.

Evidências sugerem que o núcleo interno da Terra não é homogêneo. Os cientistas notaram que as ondas sísmicas atravessam o núcleo mais rapidamente quando viajam de um pólo ao outro do que quando fazem isso transversalmente, de um ponto sobre o equador até o ponto oposto.
A maioria dos especialistas acredita que isso acontece porque o núcleo é composto de cristais anisotrópicos que estão alinhados com os pólos magnéticos da Terra. Existem dois tipos de cristais no núcleo, que coexistem possivelmente uns contra os outros no centro, onde a pressão é maior.
1 – Floresta proibida

Kei Hirose, um geólogo japonês, recentemente conduziu um experimento no qual as condições do centro da Terra foram reproduzidas, em uma escala extremamente pequena de laboratório.
Com base no que aconteceu no experimento – em que elementos foram expostos a temperaturas de mais de 4,5 mil graus Celsius e 3 milhões de vezes a pressão atmosférica – ele deduziu que os cristais no centro da Terra podem medir até 10 quilômetros de altura. Por isso, Hirose descreve o núcleo como uma “floresta de cristal”.

10 mitos sobre o Egito Antigo.

O Egito é envolto em uma aura de mistério e intriga, cultivado por várias descobertas arqueológicas que foram iluminando seu passado interessante.
Infelizmente, tal sentimento que permeia o Egito Antigo também produziu inúmeros mitos. A lista a seguir explora alguns equívocos comuns sobre o Egito, e desvenda novas áreas sobre sua cultura avançada:
1 – Cleópatra era bonita

Cleópatra VII, a última rainha do Antigo Egito, sempre foi uma figura cultural famosa por sua beleza sedutora. Esta ideia foi perpetuada por todos, de escritores a cineastas.
No entanto, moedas romanas mostram Cleópatra como tendo características masculinas: nariz grande, queixo protuberante e lábios finos – nada parecido com o arquétipo de beleza de qualquer cultura. Por outro lado, ela não era carente de cérebro: especialistas afirmam que Cleópatra era carismática e inteligente, ao contrário de possuidora de uma beleza física.
2 – Obcecados com a morte

Quando pensamos nos antigos egípcios com suas pirâmides, múmias e deuses, é fácil chegar à conclusão de que eles estavam preocupados demais com a morte. Na verdade, nada poderia estar mais longe da verdade.
O grande trabalho que os egípcios tinham em enterrar seus semelhantes era na verdade um modo de glorificar a vida. Por exemplo, muitas das ilustrações que adornam o interior dos túmulos são celebrações da agricultura, caça e pesca. Além disso, os ornamentos caros enterrados com os egípcios servem para ajudá-los a alcançar a vida eterna, onde supostamente continuam seu trabalho atual, sem qualquer dificuldade. Mumificar era uma maneira de manter o cadáver “real”, pronto para essa forma idealizada da vida cotidiana. Claramente, os egípcios eram obcecados com a vida, não com a morte.
3 – Alienígenas

Algumas pessoas acreditam que os egípcios estavam em contato com alienígenas. Elas alegam que as pirâmides construídas são feitos “sobre-humanos”, e que alguns murais egípcios realmente retratam extraterrestres (o que a pintura acima demonstra claramente que é apenas um vaso).
Isto é simplesmente um insulto para o legado dos antigos egípcios. Embora a Grande Pirâmide de Gizé seja matematicamente impressionante, a sua construção não está além das mentes engenhosas dos astrônomos, estudiosos e arquitetos da época. E enquanto ela manteve-se como a estrutura mais alta do mundo por quase 4.000 anos, isso não significa que os egípcios eram amigos de aliens, mas sim que nenhuma cultura rivalizou com os egípcios na construção de monumentos até o século 19.
4 – Bem estudado

Muitos acreditam que nós já descobrimos tudo o que podíamos sobre o Egito Antigo, e que a Egiptologia é um assunto morto e enterrado. Isto está simplesmente incorreto.
Descobertas fascinantes ainda estão sendo feitas diariamente sobre o Egito Antigo, lançando nova luz sobre sua civilização.
Por exemplo, um “barco solar” foi extraído atualmente da Grande Pirâmide. Presume-se que este barco permitiria que os faraós mortos ajudassem o deus-sol Ra em sua batalha eterna com Apep, demônio da escuridão. Todas as noites, Ra veleja seu barco solar em combate com Apep, e ao amanhecer emerge triunfante cruzando o céu.
5 – Hieróglifos

As pessoas supõe que os antigos egípcios inventaram hieróglifos, no entanto, os hieróglifos primitivos foram provavelmente trazidos para o Egito por invasores da Ásia Ocidental.
Outro mito, alimentado pelas imagens de cobras e pernas sem corpo, é que os hieróglifos eram uma linguagem de maldições e encantamentos mágicos. Na realidade, na maior parte do tempo, os hieróglifos eram usados para inscrições ou representações históricas. Maldições são raramente encontradas em túmulos, e a maioria é impotente: “Seus anos devem ser diminuídos”, “Ele não deve ter nenhum herdeiro”. Curiosamente, até a Pedra de Roseta ser descoberta em 1798, e posteriormente traduzida, a maioria dos estudiosos acreditava que os hieróglifos eram apenas ilustrações, não sons fonéticos que compõem um alfabeto.
6 – Decoração de pirâmides

Hieróglifos cobriam o interior de muitos túmulos egípcios antigos e palácios. Mas, ao contrário do mito, as pirâmides são relativamente não decoradas.
De fato, até recentemente, especialistas acreditavam que as pirâmides de Gizé eram absolutamente nuas por dentro. Esta suposição se provou errada quando hieróglifos foram encontrados atrás de uma porta secreta na Grande Pirâmide, há alguns meses.
Além disso, as pirâmides não eram todas coloridas com pedra calcária 4.000 anos atrás: alguns setores, tais como pilares interiores, foram pintados de vermelho ou branco. A pintura básica e a escrita oculta ainda deixam as pirâmides extremamente austeras. É sua arquitetura que cimenta as pirâmides como os edifícios de pedra mais antigos e populares do mundo.
7 – Faraós matavam seus servos

Quando os faraós morriam, seus servidores não eram mortos e enterrados com eles, como popularmente se acredita. Mas isso aconteceu algumas vezes.
Dois faraós da Primeira Dinastia do Egito são conhecidos por terem feito seus servos serem enterrados com eles. A tendência humana de generalizar levou ao mito de que esta era uma ocorrência comum entre todos os outros mais ou menos 300 faraós. Mais tarde, os faraós provavelmente perceberam que seus servos eram mais úteis vivos do que mortos, e assim eram enterrados com ‘shabtis’, figuras que poderiam ser animadas para ajudá-los no além.
8 – Escravos construíram as pirâmides

A ideia de que os escravos construíram as pirâmides do Egito tem circulado desde que o historiador grego Heródoto a relatou no século 5 a.C. Porém, pode estar errada. Túmulos contendo os restos mortais dos construtores das pirâmides foram encontrados ao lado das pirâmides de Gizé.
Ser enterrado ao lado dos faraós divinos seria a maior honra, nunca concedida a escravos. Além disso, um grande número de ossos de gado escavados em Giza mostra que a carne bovina, uma iguaria no Egito Antigo, era um alimento básico dos construtores. Assim, os construtores das pirâmides deviam ser artesãos egípcios altamente qualificados, e não escravos.
9 – Escravidão de israelitas

Este vem no seguimento do último mito, e é obviamente uma questão delicada. Infelizmente para aqueles que seguem a Bíblia como um relato literal da história, não há evidências que sugerem que os israelitas foram escravizados no Egito Antigo.
Sabemos muito sobre os antigos egípcios por seus registros, mas eles nunca mencionaram manter uma raça de escravos, nunca mencionaram as Dez Pragas, e não há nenhuma informação arqueológica que mostra que milhões de hebreus habitavam o Egito ou o deserto. Além disso, a fuga de milhões de escravos teria destruído a economia egípcia, que prosperou durante todo o segundo milênio a.C., quando o êxodo supostamente aconteceu.
10 – Maldições dos Faraós

A “maldição” que matou aqueles que abriram o túmulo do faraó Tutancâmon foi um triunfo dos meios de comunicação e da susceptibilidade pública. O mito é que uma maldição lançada por Tutancâmon matou o patrocinador Lord Carnarvon e os outros membros da expedição.
Embora alguns tenham feito teorias de fungos perigosos e gases se acumulando no interior da tumba, as mortes não precisam de uma explicação especial. Apenas 8 dos 58 presentes na descoberta da tumba morreram dentro de 12 anos. O líder da expedição, o alvo mais óbvio para uma maldição, viveu por 16 anos. As outras coincidências são um caso de desvio para a confirmação: qualquer infortúnio que se abateu sobre alguém na expedição foi atribuída a uma maldição. Isso é um excelente exemplo do impulso das pessoas em acreditar em uma história emocionante, em vez de em fatos.[

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Novas imagens desmentem teorias que dizem que o homem nunca pisou na Lua.

www.uol.com.br
Uma nova imagem do solo lunar mostra o local do pouso das missões da agência espacial Nasa até o local. É possível ver as pegadas dos astronautas e o rastro deixado pelo veículo lunar. No vácuo do espaço, o equipamento deixado lá está intacto até hoje.

Imagens desmentem teorias de que homem nunca pisou na Lua

Foto 9 de 10 - Novas imagens do solo lunar mostram o local do pouso das missões da agência espacial Nasa. Nelas, é possível ver as pegadas dos astronautas (setas marcadas como "astronaut footpath") e o rastro deixado pelo veículo lunar (demais setas) que, por conta do vácuo do espaço, estão intactos até hoje. As imagens servem para dispersar teorias que dizem que o homem nunca chegou à Lua e que as imagens famosas de 1969 foram filmadas em um estúdio em Hollywood Nasa
Com a vitória na corrida espacial, a Nasa abandonou a missão Apollo, e desde 1972 nunca mais voltou à Lua. A agência espacial americana cortou o seu programa de ônibus espaciais, mas afirma que agora quer voltar ao solo lunar. Muitos duvidam, no entanto, que o governo americano tenha dinheiro e vontade para concretizar o projeto.
Por ora, as imagens servem pelo menos para dispersar teorias que dizem que o homem nunca chegou à Lua e que as imagens famosas de 1969 foram filmadas em um estúdio em Hollywood.


Como se livrar do chulé.

Seja você um atleta usando um tênis de corrida, ou uma bailarina em sapatilhas delicadas, quando tirar os sapatos… eca! Toda a sala vai cheirar o chulé de seu pé.
Segundo a Dra. Keri Peterson, pés fedidos são culpa de bactérias que se desenvolvem quando eles suam. “Então, o objetivo para se livrar do cheiro é diminuir o suor ou diminuir as bactérias”, explica.
E como fazer isso? Para diminuir as bactérias, lave seus pés com sabonete antibacteriano, e tente aplicar bicarbonato de sódio dentro dos seus sapatos ou das meias.
Para diminuir o suor, use meias feitas de material respirável. Por exemplo, algodão em vez de nylon. Use sapatos que são bem ventilados, e dê a cada par de algum tempo para secar antes de colocar os pés lá dentro novamente. Você poderia até tentar aplicar um antitranspirante – sim, um desodorante, como o para suas axilas – nas solas dos seus pés.

10 fatos que os pais devem saber sobre o cérebro dos adolescentes.

Eles são dramáticos, irracionais e fazem cena sem aparentemente nenhuma razão. Eles têm uma profunda necessidade de maior independência como preparação para a vida adulta, mas ainda precisam do carinho que recebiam quando eram crianças.
Após a infância, a mudança mais radical no cérebro dos humanos acontece justamente na adolescência. Seja você um adolescente, pai de um ou apenas alguém que é obrigado a conviver com eles, acompanhe 10 que deveria saber sobre o cérebro durante essa fase da vida:
1 – Período crítico de desenvolvimento

Vagamente definida como o período entre 11 a 19 anos, a adolescência é considerada um período crítico de desenvolvimento – e não apenas na aparência.
“O cérebro continua a mudar ao longo da vida, mas há grandes saltos no desenvolvimento durante a adolescência”, explica Sara Johnson.
E assim como um adolescente pode passar por um processo de crescimento desajeitado, ele pode também adquirir novas habilidades cognitivas e competências durante essa fase da vida, conta Sheryl Feinstein, autora da obra “Dentro do Cérebro Adolescente: Ser Pai é um Trabalho em Progresso”.
“Os pais devem entender que não importa quão alto o seu filho já está ou quão adulta sua filha se veste, eles ainda estão em período de desenvolvimento, que irá afetar o resto da sua vida”, ressalta Johnson.
2 – Cérebro ainda florescendo

Os cientistas costumavam pensar que apenas bebês possuíam uma superabundância de conexões neuronais, que são “podadas” em um arranjo mais eficiente ao longo dos três primeiros anos de vida.
No entanto, estudos de imagens cerebrais feitos nos últimos anos descobriram que uma segunda explosão de brotamento neuronal acontece logo antes da puberdade. O pico ocorre aos 11 anos para as meninas e aos 12 nos meninos.
As experiências de adolescentes – desde ler romances de vampiros até aprender a dirigir – moldam esta nova massa cinzenta, seguindo principalmente a estratégia de “use ou esqueça”, diz Johnson. A reorganização estrutural continua até os 25 anos de idade, apesar de pequenas mudanças permanecerem por toda a vida.
3 – Novas competências mentais

Devido ao aumento da massa cerebral, o cérebro adolescente se torna mais interligado e ganha poder de processamento, explica Johnson.
“Adolescentes começam a ter as habilidades computacionais e de tomada de decisão de um adulto, caso tenham determinado tempo e acesso à informação”, diz.
Porém, no calor do momento, suas decisões podem ser excessivamente influenciadas pela emoção, tendo em vista que seus cérebros confiam mais no sistema límbico (o banco emocional do cérebro) do que o córtex pré-frontal, mais racional, conta Feinstein.
“Esta dualidade de competência do adolescente pode ser muito confuso para os pais”, comenta Johnson. Isso significa que, por vezes, os adolescentes fazem coisas estranhas como socar a parede ou dirigir rápido demais, mas quando perguntados da razão, eles não conseguem achar motivos racionais para seus atos.
4 – Birras adolescentes

Adolescentes estão no meio da aquisição de novos conjuntos de habilidades incríveis, especialmente quando se trata de comportamento social e pensamento abstrato.
Entretanto, eles ainda não são bons em usar essas novas capacidades mentais. E quem acaba sendo os cobaias? Principalmente, os pais. Muitos adolescentes veem o conflito como um tipo de autoexpressão e podem ter dificuldade para se concentrar em uma ideia abstrata ou para compreender o ponto de vista dos outros.
Assim como quando se lida com as birras de primeira infância, os pais precisam se lembrar de que o comportamento teen “não é uma afronta pessoal”, aconselha Johnson.
“Eles estão lidando com uma enorme quantidade de informações sociais, emocionais e cognitivas, e têm habilidades subdesenvolvidas para lidar com isso. Eles precisam de seus pais – as pessoas com o cérebro adulto mais estável – para ajudá-los, mantendo a calma, ouvindo-os e sendo bons modelos”, acrescenta Feinstein.
5 – Emoções intensas

“A puberdade é o início de mudanças importantes no sistema límbico”, diz Johnson, referindo-se à parte do cérebro que não só ajuda a regular o ritmo cardíaco e os níveis de açúcar no sangue, mas também é fundamental para a formação de memórias e emoções.
Parte do sistema límbico, a amídala liga as informações sensoriais às respostas emocionais. O seu desenvolvimento, juntamente com as alterações hormonais, pode dar origem a novas experiências intensas de raiva, medo, agressividade (inclusive para si mesmo), excitação e atração sexual.
Ao longo da adolescência, o sistema límbico está sob maior controle do córtex pré-frontal, a área logo atrás da testa, associada com o planejamento, o controle de impulsos e o pensamento de ordem superior.
Enquanto outras áreas do cérebro começam a ajudar a processar a emoção, os adolescentes mais velhos ganham mais equilíbrio nesta área. Até lá, porém, muitas vezes eles são mal-interpretados por professores e pais, diz Feinstein.
“Você pode ter todo o cuidado possível e ainda assim causar choro ou raiva porque eles simplesmente interpretam mal o que você diz”, completa.
6 – O prazer de ter amigos

À medida que os adolescentes se tornam melhores no pensamento abstrato, sua ansiedade social aumenta, de acordo com pesquisas.
O raciocínio abstrato torna possível considerar as perspectivas a partir dos olhos do outro. Os adolescentes podem usar esta nova habilidade para especular sobre o que os outros estão pensando deles. Em particular, a aprovação dos amigos tem se mostrado altamente gratificante para o cérebro adolescente, conta Johnson, e pode ser a razão pela qual adolescentes são mais propensos a correr riscos quando outros adolescentes estão ao redor.
“Crianças realmente se importam com parecer ‘legais’, nem é preciso uma investigação sobre o cérebro para saber isso”, disse ela.
Amigos também fornecem aos adolescentes uma oportunidade para aprender habilidades como negociação de compromisso e planejamento em grupo. “Eles estão praticando habilidades sociais de adultos em um ambiente seguro, e realmente não são bons nisso no começo”, conta Feinstein. Assim, mesmo que tudo que eles façam seja conversar com seus amigos, os adolescentes estão trabalhando duro para adquirir habilidades importantes para a vida.
7 – A percepção de riscos

“Os freios são acionados um pouco mais tarde do que o acelerador do cérebro”, compara Johnson, referindo-se ao desenvolvimento do córtex pré-frontal e o sistema límbico, respectivamente.
Ou seja, “os adolescentes precisam de doses mais elevadas de risco para sentir a mesma quantidade de emoção dos adultos”, explica.
Juntas, essas alterações podem tornar os adolescentes vulneráveis ​​ao envolvimento em comportamentos de risco, tais como uso de drogas, envolvimento em brigas, etc. Ao final da adolescência, aproximadamente dos 17 anos em diante, a parte do cérebro responsável pelo controle dos impulsos e pela perspectiva de longo prazo ajuda os adolescentes a refletir melhor sobre alguns dos comportamentos que eles tiveram no meio da adolescência.
Então, o que um pai pode fazer? “Continuar sendo um pai para seu filho”, afirma Johnson. “Como todas as crianças, os adolescentes têm vulnerabilidades específicas de desenvolvimento e precisam que os pais limitem o seu comportamento”, acrescenta.
8 – A importância (ainda) grande dos pais

Segundo Feinstein, um levantamento com adolescentes revelou que 84% pensa muito em sua mãe e 89% em seu pai. E mais de três quartos das adolescentes gostam de passar tempo com seus pais: 79% curtem a presença da mãe e 76% gosta de se divertir com o pai.
Uma das tarefas da adolescência é a separação da família, o que cria uma certa autonomia, observa Feinstein, mas isso não significa que os adolescentes não precisam mais dos pais – mesmo que digam o contrário.
“Eles ainda necessitam de algum apoio e procuram seus pais para fornecer esse apoio”, explica. “Um pai que decide tratar o filho de 16 ou 17 anos como um adulto está se comportando de forma injusta e condenando-o ao fracasso na vida adulta”.
Uma das melhores maneiras de ser um bom pai para um adolescente, além de ser um bom ouvinte, é ser um bom modelo, especialmente ao lidar com o estresse e outras dificuldades da vida. Os adolescentes estão constantemente tentando descobrir como superar esses novos desafios, e observar os pais nessas situações é natural.
9 – A necessidade (ainda) grande de sono

É um mito que os adolescentes precisam de menos sono que as crianças. Ambos necessitam de 9 a 10 horas por noite, embora a maioria não atinja a marca desejada. Parte do problema é uma mudança no ritmo circadiano durante a adolescência. “Faz sentido para o corpo do adolescente levantar mais tarde e ficar acordado até mais tarde”, diz Johnson.
Porém, devido aos horários das aulas, muitos adolescentes acumulam o débito de sono e “tornam-se cada vez mais prejudicados cognitivamente”, comenta Johnson. A privação de sono só agrava o mau humor e atrapalha a tomada de decisão. Além disso, o sono auxilia na reorganização crítica do cérebro adolescente.
10 – “Eu sou o centro do universo – e este universo não é bom o suficiente!”

As alterações hormonais na puberdade têm enormes efeitos no cérebro, uma das quais é o estímulo à produção de mais receptores de ocitocina.
Enquanto a ocitocina é frequentemente descrita como o “hormônio do vínculo afetivo”, a maior sensibilidade aos seus efeitos no sistema límbico também tem sido associada à sensação de autoconsciência, fazendo com que um adolescente realmente pense que todos estão olhando para ele. Segundo pesquisadores, esses sentimentos atingem o pico em torno dos 15 anos de idade.
Embora isso possa fazer com que um adolescente pareça egocêntrico (e em sua defesa, eles têm que enfrentar muita coisa acontecendo ao mesmo tempo), as mudanças no cérebro adolescente podem igualmente impulsionar alguns dos esforços mais idealistas enfrentados pelos jovens ao longo da história.
“É a primeira vez que eles estão vendo a si mesmos no mundo”, diz Johnson. Seu sentido de maior autonomia abre os olhos para o que está além de suas famílias e da escola. “Eles estão se perguntando talvez pela primeira vez que tipo de pessoa querem ser e que tipo de lugar querem que o mundo seja”, acrescenta.