sábado, 5 de novembro de 2011

Porque fazemos sexo?

Para quem só pensa no prazer, o sexo parece fazer total sentido. Do ponto de vista evolutivo, entretanto, é um pouco mais complicado do que isso.
Para Michael Brothurst, que estuda a evolução da reprodução sexual, o sexo é difícil de explicar. Como outros especialistas, ele não “entende” os homens.
“Já que os homens não podem se reproduzir por si só, e muitas vezes não contribuem com nada, só com genes, aos seus descendentes, uma população assexuada de fêmeas poderia crescer o dobro da taxa de uma população que se reproduz sexualmente”, explica o cientista.
Sendo assim, por que nós fazemos sexo? Ou melhor – e se você também for mulher, vai concordar comigo – por que sequer existe o sexo masculino?
Por que a maioria das plantas e animais têm dois sexos, que têm relações sexuais entre si, em vez de apenas um?
A explicação mais provável para o sexo é conhecida como a hipótese Rainha Vermelha, em homenagem ao romance de Lewis Carroll, “Through the Looking Glass”. Nesse romance, Alice e a Rainha Vermelha realizam uma corrida em que nunca chegam a lugar nenhum.
Um pouco análoga, a hipótese Rainha Vermelha afirma que os organismos e os parasitas que vivem neles estão em uma corrida para evoluir constantemente, e fazem isso em resposta a mutações genéticas (da troca entre si), mantendo um equilíbrio global.
Conforme os parasitas evoluem para aproveitar as fraquezas de um organismo hospedeiro típico, os hospedeiros com versões raras de genes, conhecidas como alelos, são menos suscetíveis a parasitas, e assim têm uma melhor chance de sobreviver à sua idade reprodutiva.
Da mesma forma, seus descendentes são dotados desses alelos vantajosos. Como resultado, ao longo de gerações, os alelos raros se tornaram mais comuns na população, por isso os parasitas começaram a evoluir para levá-los adiante. Nesse ponto, novos alelos incomuns começam a florescer entre os hospedeiros.
Ou seja, a teoria sustenta que o sexo dá aos organismos hospedeiros uma vantagem na esteira evolutiva. A seleção contínua de raridade favorece a reprodução sexual, porque a recombinação sexual permite que hospedeiro remodele seu bloco de alelos e gere novas combinações raras em sua prole.
A evidência em favor da hipótese Rainha Vermelha já surgiu em muitos exemplos diferentes de vida. Caramujos de água doce que se reproduzem tanto sexualmente quanto assexuadamente se reproduzem mais sexualmente em áreas rasas, onde são mais propensos a se infectar por um tipo de parasita. Isso sugere que a infecção promove o sexo.
No entanto, até agora, os pesquisadores não sabem ao certo se os parasitas são realmente o melhor adaptados às seus hospedeiros caramujos. Talvez as duas espécies não foram coevoluindo, caso em que os próprios fundamentos da hipótese Rainha Vermelha desmoronariam.
Porém, recentemente, um novo estudo deu a hipótese Rainha Vermelha um novo impulso. No laboratório, os pesquisadores compararam lombrigas com uma espécie de bactéria que as mata, e observaram o que aconteceu quando as duas coevoluíram.
Lombrigas que se reproduziam assexuadamente se extinguiram em apenas 20 gerações, enquanto lombrigas que se reproduziam sexualmente foram capazes de evoluir continuamente para defender-se de seus atacantes bacterianos. Parece que, em uma corrida para ficar no mesmo lugar, o sexo vence.

Novo estudo sugere que as pessoas já nascem gays.

Já ouviu a música da Lady Gaga “I was born this way”? Parece que ela pode estar certa: as pessoas já podem ter “nascido desse jeito” (e isso inclui hetero ou homossexuais). Um novo estudo indica que a orientação sexual das mulheres pode estar relacionada à características genéticas.
A pesquisa levou em consideração um estudo anterior que sugere que existem diferenças consistentes entre as características psicológicas de adultos que se tornam gays dos demais, desde a infância (um terço das meninas e 50 a 80% dos meninos com essas características se tornariam gays, segundo o estudo).
A nova pesquisa observou a atração sexual, infância e identidade de gênero de 4425 gêmeas, e constatou que um conjunto comum de genes, somados a fatores ambientais, poderiam ser responsáveis pela orientação sexual feminina. A influência dos genes afetaria hormônios sexuais e moldaria alguns mecanismos do corpo responsáveis pelas diferenças na sexualidade das mulheres.
A ideia da genética envolvida com a opção sexual é positiva, já que vai contra os antigays que dizem que a homossexualidade é sempre uma escolha. Mas a pesquisa não é definitiva, já que outros cientistas observaram que o número de homossexuais participantes no estudo foi baixo, e que os resultados relacionados à orientação sexual estariam distorcidos. No entanto, a pesquisa levanta a ideia de que ser gay pode ser um comportamento inato, e não aprendido a partir de vivências.
As evidências de que ser gay pode ter origem genética pode nos ajudar a diminuir o preconceito existente inclusive nos governos de alguns países, propiciando os mesmos direitos civis para quem não é heterossexual. Estudos como esse também podem auxiliar na diminuição de estereótipos de gênero que acompanham as pessoas desde a infância, como se todas as crianças crescessem em uma linha única e reta.

Surpresa: rochas do Haiti são remanescentes do supercontinente Gondwana.

Cientistas encontraram lavas incomuns no Caribe, que aparentemente se originaram do antigo supercontinente Gondwana (acredita-se que, antigamente, todos os continentes eram um só – Pangeia. Mais tarde, separaram-se em dois supercontinentes, Gondwana ao sul e Laurásia ao norte).
A descoberta revela que o material continental pode ter se arrastado ao longo da superfície da Terra por mais de mil quilômetros e sobrevivido por mais de um bilhão de anos, servindo como núcleos em torno dos quais ilhas e talvez até mesmo continentes podem eventualmente crescer.
Cientistas investigaram lavas da ilha caribenha Hispaniola (ou Espanhola), com a metade ocidental no Haiti e a leste na República Dominicana.
Segundo os pesquisadores, uma melhor compreensão da história desta ilha será importante para a tectônica moderna de Hispaniola, principalmente no Haiti, já que as lavas foram encontradas na área geral da falha que causou o terremoto devastador no país em 2010.
Surpreendentemente, medições precisas da abundância de estrôncio, chumbo e neodímio nas amostras de lava revelaram que ela não corresponde a nada já visto no Caribe. Em vez disso, elas eram mais semelhantes às lavas encontradas pelo menos 1.610 quilômetros de distância.
Os cientistas explicam que, quimicamente, as lavas são muito enriquecidas em um número de metais, e lembram lavas encontradas no interior dos continentes, não em ilhas.
As descobertas sugerem que a área é sustentada por rochas com cerca de 1,2 bilhões de anos, muito mais antigas do que se pensava. Até agora, os geólogos acreditavam que Hispaniola não tinha mais de 150 a 160 milhões anos de idade, formada por placas tectônicas violentamente mergulhando uma na outra, similar ao que está acontecendo agora em torno do chamado “Anel de Fogo” do Oceano Pacífico.
Os pesquisadores creem que, conforme a placa tectônica caribenha transitou entre o Norte e América do Sul, capturou um pedaço do antigo supercontinente conhecido como Gondwana, que formou a base da América Central. Esse fragmento posteriormente migrou para o leste, na sua localização atual em Hispaniola.

Vulcões podem provocar um impacto climático bem maior do que imaginávamos.

Nem fábricas poluentes, nem desmatamentos em grande escala. O novo vilão climático pode ser os vulcões, como indica um novo estudo. Pesquisadores investigaram a enorme erupção do vulcão Eyjafjallajökull, na Islândia, que aconteceu em 2010. Eles monitoram a nuvem de fumaça que se espalhou por toda a Europa a partir de uma estação de pesquisa na França.
O pó vulcânico foi rapidamente expulso para a atmosfera após a erupção. Reagida com outros componentes, as partículas de cinza vulcânicas podem gerar grandes problemas ambientais, pois são compostas por ácido sulfúrico, em sua maioria.
Se essas partículas de ácido sulfúrico forem expelidas em grande quantidade, elas podem se comportar como pequenas sementes dentro das nuvens, alterando o tipo de chuva que a área vai receber.
Os dados atmosféricos coletados pelos pesquisadores sugerem que as erupções vulcânicas podem liberar partículas até 100 milhões de vezes mais do que se imaginava. Além disso, elas podem se formar em altitudes mais baixas e abrangerem maiores distâncias do que estudos anteriores haviam sugerido. Uma notícia ruim, tanto para países com vulcões ativos em seu território, como para os que são afetados pelas grandes nuvens de pó vulcânico.

5 formas de contato que fazem bem a saúde.

Eis a dica de um medicamento barato e gostoso que pode lhe trazer muitos benefícios: contato. Quer seja um aperto de mão, um grande abraço ou uma massagem, o toque tem a capacidade de baixar a pressão arterial e a frequência cardíaca e aumentar a função imunológica bem como aliviar a dor. Quer melhor jeito de ficar saudável, para não mencionar mais feliz e menos ansioso? Então, aqui vai uma lista de várias formas para você explorar esse remédio natural:
1 – Receba uma massagem
Massagens, por mais rápidas e simples que sejam, ajudam a relaxar. Não é apenas uma sensação mental: os músculos massageados relaxam, a frequência cardíaca diminui, a pressão arterial elevada cai, e os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, caem. Neste estado relaxado, seu corpo é capaz de se “recarregar”. O resultado: um sistema imunológico reforçado.
O hormônio cortisol suprime a resposta imunológica, então tudo o que aumenta o relaxamento provoca a restauração da resposta imunológica do seu corpo. Recentemente, pesquisadores mediram a função imunológica em adultos saudáveis que receberam uma massagem de 45 minutos. Os massageados tinham mais glóbulos brancos, incluindo as células que “matam” invasores, e ajudam o corpo a combater vírus e bactérias, e menos tipos de citoquinas inflamatórias associadas a doenças autoimunes.
2 – Abrace muito
O ato de abraçar inunda nossos corpos com ocitocina, o “hormônio do amor”, que faz as pessoas se sentirem seguras e confiarem mais nos outros, além de reduzir os níveis de cortisol e o estresse. Mulheres que recebem mais abraços de seus parceiros têm níveis mais altos de ocitocina e pressão arterial e frequência cardíaca baixas. E nem precisa ser de um parceiro: um abraço de qualquer pessoa que você goste funciona. Pesquisadores já testaram: quem recebe abraços da mamãe também tem menores níveis de cortisol.
3 – Ande de mãos dadas
Segurar as mãos de alguém que você gosta é extremamente calmante. Pesquisadores descobriram isso quando administraram ressonância magnética funcional em 16 mulheres casadas. Eles “mentiram”, dizendo que elas poderiam sentir um leve choque. A ansiedade resultante fez com que a atividade cerebral das mulheres “enlouquecesse”. Mas quando as mulheres deram as mãos a um dos pesquisadores, essa resposta de estresse diminuiu, e quando elas seguraram as mãos de seus maridos, realmente se acalmaram.
Segundo os cientistas, houve uma mudança qualitativa no número de regiões do cérebro que não estavam mais reagindo à sugestão ameaçadora. Quando você está em um relacionamento feliz, apertar as mãos do parceiro reduz a atividade relacionada ao estresse em uma área do cérebro chamada hipotálamo, o que reduz os níveis de cortisol no sistema, assim como na parte do cérebro que registra a dor, realmente diminuindo-a.
4 – Faça sexo
O sexo envolve total contato corporal. Portanto, nos inunda com ocitocina e endorfinas, hormônios que nos fazem sentir bem, especialmente emocionalmente. O sexo regular também tem vantagens físicas, possivelmente nos impedindo de ficar doente com frequência. As pessoas que têm relações sexuais uma ou duas vezes por semana têm 30% mais imunoglobulina A na saliva, que combate infecções. E se você não tiver um parceiro fixo, não se preocupe: sexo “solo” também conta. Pelo menos um estudo ligou a masturbação a menor risco de depressão.
5 – Cuide de seu animal de estimação
Se você é proprietário de um animal de estimação, com certeza fica menos tenso quando faz um carinho atrás de suas orelhas. De fato, pesquisas mostram que a pressão arterial das pessoas cai quando eles cuidam de seus cães. Acariciá-los também melhora a função imunológica e alivia a dor, ou pelo menos a percepção da dor. Portanto, não resista quando seu cãozinho lhe rondar querendo atenção: no mínimo, vai fazer muito bem para você.

7 formas “antigas” de misticismo que são na verdade invenções recentes.

Você quer adicionar um pouco mais de sentido e profundidade na vida? Não está mais encontrando respostas apenas em latinhas de cerveja? Se você está em busca de novas crenças, ou tem apenas curiosidade de conhecê-las, porque não se aprofundar em uma antiga e mística?
Mas tome cuidado quando você está escolhendo, porque algumas dessas “antigas” práticas são tão autênticas quanto uma nota de três reais. Confira abaixo 7 formas de crenças “antigas” que tiveram uma invenção recente:
7 – Ioga

Se você perguntar para qualquer expert em ioga a quanto tempo existe essa atividade, ele possivelmente dirá que ela é praticada há mais ou menos 5 mil anos. Em outras palavras, centenas de anos antes dos aliens construírem as pirâmides egípcias, pessoas já se alongavam e refletiam serenamente.
A realidade: a ioga como conhecemos hoje – um conjunto de posturas combinadas com técnicas de respiração – remontam aos anos 1960. “Mas como assim? Estão me enganando!”, você grita rasgando seu colchonete de ioga em dois. Bem, é que 5 mil anos de idade foi a quando foi encontrada uma imagem no Vale do Indo de um homem sentado de pernas cruzadas. Mas convenhamos, embora essa seja uma das principais posições do ioga, é também uma maneira de se sentar em uma superfície plana.
A palavra ioga também é mencionada em alguns textos religiosos hindus de 2,5 mil anos de idade, mas é provável que tenha sido usada com outro significado, relacionado com cavalos.
Apenas no século 19 um príncipe indiano chamado Krishnaraja Wodeyar III produziu algo parecido com o que chamamos de ioga hoje: um manual chamado Sritattvanidhi, que listou 122 posições inspiradas principalmente na ginástica indiana. O que realmente influenciou o ioga moderno, entretanto, foi o Império Britânico que introduziu aos índios à nova mania de exercícios que varria a Europa no momento.
Depois, um cara chamado B.K.S. Iyengar veio com a ideia de combinar essas técnicas de exercício com alguns dos ensinamentos descritos nos textos antigos hindus, como o Yoga Sutras, na década de 1960. Desde então, os fãs de ioga têm crescido aos milhões, mas poucos percebem que estão praticando uma versão de aula de ginástica do início do século 20.
6 – Tarô

Qualquer coisa relacionada com cartas de tarô provavelmente vai ser descrita como antiga e misteriosa. De acordo com os fãs das cartas, elas têm origem no Egito antigo, e através do tempo, por algum motivo, acabaram relacionadas com cabala e com mitos do Santo Graal.
A realidade: as cartas de tarô foram originalmente concebidas não para serem observadas por pessoas enquanto elas ouvem música de harpa e fazem adivinhações, mas para servirem para um jogo de cartas semelhante a qualquer outro dos dias atuais.
As pessoas só começaram a usar o tarô para descobrir sua fortuna há cerca de 250 anos. Isso representa bons 400 anos depois que as cartas foram importadas do Oriente Médio para as outras partes do mundo. Cartões normais de jogo têm uma história mais longa na Europa do que cartas de tarô, precedendo-as por no mínimo 50 anos.
5 – Satanismo

Se formos ter a cultura popular como base, o satanismo teria existido desde nossos primeiros antepassados. Filmes como A Nona Porta, estrelado por Christopher Lee, retratam satanistas praticamente na Idade Média.
A realidade: o satanismo como conhecemos hoje, com pentagramas, cruzes invertidas e devoção por roupas pretas desbotadas, data do ano de 1966 e foi inventado por um músico chamado Anton LaVey. Isso torna o satanismo mais jovem do que os Rolling Stones. Claro, você pode encontrar descrições de atividades satanistas de vários séculos passados. Mas esse “satanismo” deve ser uma má interpretação de uma prática religiosa obscura e não o que conhecemos hoje.
4 – Tabuleiro Ouija

Há quem ache que o tabuleiro Ouija é um passatempo inofensivo ou um portal para o inferno feito de papelão. Sejam amantes ou inimigos de Ouija, todos concordam com uma coisa: as placas para evocar espírito têm uma história longa e misteriosa, tendo surgido na China antiga ou até mesmo com os romanos.
A realidade: o tabuleiro Ouija é tão místico como uma boneca da Optimus Prime: na verdade, as duas criações são de propriedade da mesma pessoa. O tabuleiro foi inventado por empresários em 1890, e ainda hoje a palavra “Ouija” é uma marca registrada da companhia Parker Brothers.
Os ritos Ouija são confundidos com a prática chinesa “Fuji”, que envolve um método completamente diferente de adivinhação e usa uma vara para escolher os caracteres chineses escritos em areia. Outras culturas antigas podem ter usado métodos vagamente semelhantes para obter conhecimentos ocultos sobre o futuro, através de “espíritos”. Mas dizer que estes ritos eram Ouija é como dizer que as corridas de carruagem romana eram uma antiga forma de Stock Car.
3 – Ninjutsu

A coleção secreta de sabedorias e habilidades ninjas conhecida como “ninjutsu” tem em torno de mil anos, segundo alguns praticantes. Mas você pode aprendê-la ainda hoje! Mesmo que na América atual não exista um sistema de classes rígidas com senhores feudais para lutar contra.
A realidade: ninjas nunca usaram macacões pretos e máscaras, como Hollywood nos ensinou. Mas eles existiram, certo? Sim, provavelmente, mas não antes do século 20. A escola de Stephen Hayes, que popularizou ninjutsu no Ocidente na década de 1970, não foi nem sequer levada a sério pelas tradicionais escolas de artes marciais no Japão. Suas pretensões de legitimidade histórica são baseadas em um monte de antigos pergaminhos que seu líder se recusa a mostrar para qualquer pessoa.
2 – Sexta-feira 13

De acordo com Dan Brown, a má reputação da sexta-feira 13 remonta a 13 de outubro de 1307. Dezenas de cavaleiros templários foram presos pelo rei corrupto da França, enquanto ansiavam pelo fim de semana. Os cavaleiros, cuja missão era proteger os peregrinos na Terra Santa, foram presos e torturados, e seu líder foi queimado na fogueira. Antes de morrer, ele lançou uma maldição sobre os presentes, e muitos morreram dentro de um ano. Os franceses ficaram tão impressionados com isso que obedientemente decidiram não só lembrar da maldição para sempre, mas também maldizer as sextas 13.
A realidade: há abundantes referências históricas para explicar o motivo da sexta-feira 13 e do próprio número ser considerado azarado. Mas, em um exemplo da vida imitando a arte, ninguém ligava em se casar ou não às sextas ou dias 13 até o início do século 20, depois de um romance best-seller com o nome de “Friday the Thirteenth” (Sexta-Feira 13) ter sido lançado.
Esse livro de 1907 conta a história de um empresário desonesto que conspirava para derrubar o mercado de ações. Sim, sem máscaras de hóqueis, apenas negócios. Mas, inexplicavelmente, a partir daí a data ficou marcada negativamente em nosso calendário.
1 – A religião Viking

Vikings são tão impressionantes quanto os mitos da Escandinávia pré-cristã que os acompanham. Há desde martelos gigantes até cavalos de oito patas nas histórias épicas. Mas para muitas pessoas – aqueles que sentem uma profunda ligação com a cultura nórdica e querem se juntar a uma gangue ou apenas estão zangadas por seus pais fazerem elas se levantarem cedo para ir à igreja – o paganismo escandinavo continua vivo. Ele é conhecido como Odinismo ou Asatru por seus seguidores modernos.
A realidade: praticamente tudo que sabemos sobre o paganismo escandinavo vem do Eddas, dois livros compilados no século 13 por um cara hilariante, conhecido como Snorri Sturluson. Mas espere, o século 13 ainda é bastante antigo, certo? Sim, mas há um problema aqui: Snorri escreveu os livros centenas de anos após a Escandinávia ter sido cristianizada. Para muitos estudiosos o Ragnarok – o conhecido fim do mundo viking – é apenas uma releitura do Apocalipse.

Muito sal e pouco potássio: combinação fatal.

Muitas pessoas já sabiam que consumir bastante sal faz mal para a saúde. Agora, pesquisadores americanos descobriram que comer muito sal e pouco potássio pode ser uma combinação fatal: aumenta o risco de morte prematura.
As descobertas são um contraponto a um estudo muito debatido divulgado recentemente que não encontrou nenhuma evidência de que fazer pequenos cortes na ingestão de sal diminui o risco de doenças cardíacas e morte prematura.
A maioria dos especialistas ainda acredita que sal faz mal para as pessoas. O principal argumento é que cortar a ingestão de sal pode reduzir a pressão arterial elevada, que aumenta o risco de ataques cardíacos e derrames.
O problema é que o consumo de sal tem aumentado desde 1970, com os americanos ingerindo cerca de duas vezes o limite diário recomendado.
O novo estudo é um dos melhores sobre os efeitos a longo prazo de comer muito sal. É inteiramente consistente com o que especialistas têm dito sobre a ingestão de sódio.
Os pesquisadores analisaram os efeitos da ingestão de sódio e potássio como parte de um estudo de 15 anos com mais de 12.000 pessoas. Até o final do período de estudo, 2.270 participantes tinham morrido; 825 dessas mortes foram por doenças do coração e 433 por coágulos sanguíneos e derrames.
Os resultados mostraram que pessoas que tiveram uma elevada ingestão de sal e uma baixa ingestão de potássio estavam em mais risco – 50% maior de morte por qualquer causa, e cerca de duas vezes mais risco de morte – ou um aumento de 200% – por ataque cardíaco.
Segundo os pesquisadores, os consumidores precisam aumentar os níveis de potássio em sua dieta, adicionando mais porções de frutas e verduras frescas, como espinafre, uva, cenoura, batata doce e leite e iogurte de baixo teor de gordura.
Também, cerca de 90% dos americanos consomem mais sódio do que é recomendado, o que impacta sua pressão arterial. A maioria desse sódio não está relacionada com o saleiro que você joga por cima da sua comida, mas está nos alimentos processados e de restaurante que nós compramos e pedimos. De fato, os consumidores, mesmo os mais motivados, não têm tanta escolha quanto seria ideal.
O potássio muitas vezes neutraliza os efeitos do sal na dieta. Este equilíbrio é afetado quando as pessoas comem alimentos altamente processados, que tendem a aumentar os níveis de sódio e diminuir o conteúdo de potássio.
Os cientistas explicam que, se o sódio aumenta a sua pressão arterial, o potássio a diminui. Se o sódio retém água, o potássio ajuda você a se livrar dela. Ou seja, em vez de focar apenas no sal, o ideal seria que os pesquisadores se concentrassem no equilíbrio entre potássio e sal.
A luta agora é para fazer as duas coisas: diminuir a ingestão de sódio e aumentar a ingestão de potássio da população.

Anorexia: o transtorno psiquiátrico mais mortal de todos.

Um estudo mostrou porque não devemos ignorar os casos sérios de anorexia da sociedade: a condição é a doença psiquiátrica mais letal, que pode apresentar até seis vezes mais risco de morte, quatro vezes maior do que depressão grave.
As chances são ainda piores para as pessoas com anorexia diagnosticada aos 20 anos. Elas têm 18 vezes mais risco de morte do que pessoas saudáveis da sua idade.
O estudo também descobriu que anorexia tem o dobro de risco de morte do que esquizofrenia e três vezes mais risco de morte do que transtorno bipolar.
Apesar da anorexia ser de longe o mais mortífero dos transtornos alimentares, as taxas de morte são também mais elevadas do que o normal em pessoas com bulimia e “transtorno alimentar não especificado” (TANE, diagnóstico comum para as pessoas com uma mistura de anorexia e bulimia atípicas).
O estudo é baseado na análise de dados coletados em 36 pesquisas diferentes publicadas entre 1966 e 2010. Depois de ajustar as taxas de mortalidade para o tamanho das amostras, os pesquisadores calculam:
- 5,1 mortes a cada mil pessoas com anorexia por ano. Anorexia aumenta o risco de morte em 5,86 vezes.
- 1,7 mortes a cada mil pessoas com bulimia por ano. Bulimia aumenta o risco de morte em 1,93 vezes.
- 3,3 mortes a cada mil pessoas com TANE por ano. TANE aumenta o risco de morte em 1,92 vezes.

Bulimia e TANE também carregam riscos significativos, mas os pesquisadores alertam que as pessoas com anorexia muitas vezes se tornam bulímicas, o que aumenta seu risco de morte.
O suicídio é um risco particular. Uma em cada cinco mortes de pessoas com anorexia é devido ao suicídio.
Os resultados mostram que anorexia é o diagnóstico psiquiátrico mais mortal. A taxa de mortalidade de 5,86 é muito superior que:
- Esquizofrenia, que aumenta o risco de morte 2,8 vezes em homens e 2,5 vezes nas mulheres.
- Transtorno bipolar, que aumenta o risco de morte 1,9 vezes em homens e 2,1 vezes nas mulheres.
- Depressão grave, que aumenta o risco de morte 1,5 vezes em homens e 1,6 vezes nas mulheres.

Por fim, o estudo também descobriu que idade desempenha um papel importante na doença. A anorexia aumenta o risco de morte:
- Três vezes, quando diagnosticada antes dos 15 anos.
- Dez vezes, quando diagnosticada entre 15 a 19 anos.
- 18 vezes, quando diagnosticada entre 20 a 29 anos.
- Seis vezes, quando diagnosticada com 30 ou mais anos.

Sudão do Sul: a mais nova e mais cheia de vida selvagem nação do mundo.

A mais nova nação do mundo é também a que acolhe algumas das mais incríveis formas de vida selvagem do mundo.
Sudão do Sul, um país sem litoral no leste da África, celebrou sua independência do resto do Sudão recentemente, em 9 de julho. O novo país tem uma riqueza de vida selvagem, incluindo uma das migrações mais longas do mundo animal, que poderia ser uma bênção para sua economia.
A nação sobreviveu décadas de guerra, e vastas áreas de savanas e áreas úmidas permanecem em grande parte intactas.
Para ajudar a garantir que os animais do país continuem a ser um recurso espetacular, a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS, na sigla em inglês) tem colaborado com a gestão do Sudão do Sul para proteger as áreas e organizar o território do país.
O Sudão do Sul possui algumas das populações selvagens mais importantes na África: o Parque Nacional Boma, perto da fronteira com a Etiópia, o pantanal Sudd e o Parque Nacional do Sul, perto da fronteira com o Congo, são o lar de búbalus, cobos-comuns e topis ou damaliscos (espécies de antílope), búfalos, elefantes, girafas e leões.

A parte sudeste do país apoia a segunda maior migração da vida selvagem terrestre do mundo, de cerca de 1,3 milhões de animais como o cobo de orelha branca, tiang, cob-grande-dos-juncais e gazela-albonotata.

Hoje, a exploração de petróleo no Sudão do Sul é responsável por cerca de 98% das receitas da região. Os tesouros da fauna do país podem proporcionar uma oportunidade para uma economia diversificada, baseada em turismo “eco amigo”.
No vizinho Quênia, o turismo contribuiu com cerca de 1,41 bilhões de reais para a economia nacional em 2009. Na Tanzânia, o turismo foi responsável por cerca de 1,69 bilhões de reais no mesmo ano. Se bem gerida, as migrações animais do Sudão do Sul oferecem a oportunidade de criar uma próspera indústria de turismo na mais jovem nação do mundo.

Os 20 animais de zoológico mais fofos da Terra.

Confira abaixo uma seleção com 20 filhotes fofos que foram fotografados direto de zoológicos do mundo inteiro. Não dá vontade de adotar?
1 – Feneco

Essa adorável criatura nasceu no Zoológico Everland, na Coreia, mas seus parentes são do escaldante deserto do Saara.
2 – Jaguatirica

Esse filhote que parece de pelúcia nasceu no Parque Zoológico de Woodland, em Seattle, EUA.
3 – Coala

Três quartos de todos os coalas do sexo feminino sofrem com uma doença que pode resultar em esterilidade. Felizmente a mãe deste filhote que vive no Zoológico Australiano Taronga conseguiu evitar a doença.
4 – Gato-do-deserto

Essa gatinha foi entregue a um resort selvagem nos Emirados Árabes Unidos e é a primeira da espécie a nascer através de fertilização in vitro.
5 – Vombate

Este pequeno filhote da família Vombatidae de nariz rosado saiu da bolsa da mãe marsupial em fevereiro deste ano no zoológico Brookfield, em Chicago. O programa para a reprodução do animal está sendo um sucesso no local.
6 – Leopardo-nebuloso

O pequeno filhote de leopardo na foto nasceu no zoológico francês Jardin des Plantes. Neste vídeo você pode ver uma outra ninhada, nascida no Zoológico de Nashville.
7 – Gálago

Esse pequeno animal é um dos gêmeos nascidos no Zoológico de Edimburgo, na Escócia.
8 – Panda-vermelho

Este é o Mei Mei, um filhote de panda-vermelho de nove meses que nasceu no Zoológico Metropolitano Cleveland.
9 – Panda

Os pequenos Dee Dee e Po são gêmeos nascidos no Zoológico de Madrid.
10 – Macaco de L’Hoest

Esse adorável macaco nasceu no Zoológico Colchester, na Inglaterra, e é cheio de energia. Seu nome, Moto, quer dizer “fogo” em suaíli.
11 – Tigre

Basta olhar para os dentes deste pequeno tigrinho para achar ele o animal mais ameaçador e fofo ao mesmo tempo de todo o Zoológico de Pittsburgh, EUA.
12 – Sagui

Este pequeno sagui do parque zoológico Alma, na Austrália, não é a coisa mais bonitinha que você já viu?
13 – Hipopótamo

Este bebê hipopótamo foi concebido em frente de cerca de 110 visitantes do Zoológico de San Diego, EUA. Quem assistiu o nascimento não vai esquecer esse passeio tão cedo.
14 – Urso polar

Esse bonito urso de três meses de idade pode se divertir com a neve dinamarquesa em março. Assista o vídeo do ursinho aqui.
15 – Diabo-da-tasmânia

Ele não parece nem um pouco com seu homólogo da Looney Tunes e com certeza deixa o Jardim Zoológico de Taronga, na Austrália, mais bonito.
16 – Foca

Gouda é o único animal da lista que não nasceu em um zoológico. O filhote foi abandonado e resgatado em apenas alguns dias por trabalhadores no Alasca.
17 – Gato-bravo-de-patas-negras

Apesar do nome, esse gato não parece nem um pouco bravo. Esse filhote foi um dos primeiros de sua espécie a nascer através de fertilização in vitro, e vive em um instituto natural em Nova Orleans, EUA.
18 – Tartaruga de Galápagos

Essa minúscula tartaruga que passa quase desapercebida ao lado de sua mãe foi a primeira da espécie a nascer no Zoológico Taronga Western Plains, na Austrália.
19 – Gorila

Goma é o único da lista que não é um filhote atualmente. Esta é uma foto de quando ela era um adorável bebê. Ela nasceu no zoológico de Basileia, na Suíça, há mais de 50 anos.
20 – Fossa

Esse perigoso filhote de orelhas pontudas e olhos brilhantes nasceu no Zoológico Omaha’s Henry Doorly a mais de um ano atrás.

A verdade sobre o sexo e os jovens na geração atual.

Não é preciso ser nenhum gênio para saber que a geração de hoje é muito mais avançada do que a passada – incluindo no sexo.
Então, se eles já não estão contentes com mais nada, e querem sempre mais, o que será do sexo daqui para frente? Tem que quebrar tabus, avançar a linha, para ser excitante? E agora que quase todos os tabus já foram quebrados, as pessoas com menos de 40 anos vão perder o interesse no sexo?
Erica Jong, que escreve sobre sexo, diz que em toda parte há sinais de que o ato tenha perdido seu “frisson” de liberdade. O sexo é menos picante quando não é proibido? O sexo em si pode não ter morrido, é claro, mas parece que a paixão sexual está quase.
É exagero dizer que a sociedade já não tem mais como avançar em matéria de sexo e perdeu o “frisson” por ele? O texto de
Erica possui alguns críticos, como a escritora Erin Gloria Ryan, que acusa Erica de focar no pessoal de meia-idade, não nos jovens reais, e ignorar a descoberta de uma geração totalmente nova e fascinada pelo sexo.
Também, a escritora Tracy Clark-Flory chama o texto de Jong de apenas o mais recente em uma longa história de argumentos sobre como o sexo está sendo corrompido ou destruído.
Porém, há algo que Erica fala que deve ser levado em consideração. Ela não é a primeira a notar que casais – e mesmo solteiros – de todas as gerações encontram-se em uma espécie de “estagnação sexual”, perseguindo uma nova emoção, porque a última tinha se tornado entediante.
Agora que a grande nuvem digital proporciona todas as possíveis combinações eróticas, qual o próximo tabu que alguém deve quebrar, além de um tipo de rejeição desafiadora da exploração sexual?
As preocupações de Erica Jong podem ser corretas, mas ela está errada em algo: não há nenhuma “reação contra o sexo”, pelo menos não geral. Mulheres jovens não estão virando as costas para o sexo, mas se estão tendo prazer é outra história – será que estão encontrando a emoção estremecedora que costumavam ter ou querem ter?
Enquanto o pornô não está tão em alta, a erótica digital e gratuita (muitas vezes retratando os próprios usuários) tornou-se um passatempo padrão. Vendas de brinquedos sexuais continuam a subir e muitos desses compradores têm menos de 40 anos.
Ou seja, não há indicação de que mulheres mais jovens estão fazendo sexo com menos frequência. Mas também é verdade que há nostalgia de um povo com menos de 40 anos de uma época que eles nem viveram.
As pessoas cultuam ídolos que não eram de seu tempo, como Audrey Hepburn e Marlena Dietrich. Meninas de 18 anos dedicam tempo a ver fotos glamourosas de modelos do início dos anos 1960. A stripper retro Dita von Tease é um ícone de estilo mais de uma década depois de ter feito sucesso.
Mulheres jovens não estão rejeitando o sexo; estão desejando o glamour que costumava cercá-lo. Sexo agora está em todos os lugares e “não representa” mais nada. Já se foi a época em que o sexo era grande coisa…
Encontros sexuais sem remorso ou culpa ainda existem, mas as pessoas mais jovens parecem divididas. Elas gostam da liberdade, mas querem as melhores partes de épocas passadas, também. Elas querem que a sedução, a incerteza, a busca, não necessariamente a monogamia missionária; mas luvas brancas, pérolas e flerte com um uísque em um bar interessante não parece muito mais envolvente do que shots de Red Bull e vodka e uma rapidinha no estacionamento?
Há ainda outra coisa a considerar: uma certa quantidade de desilusão com o sexo não é tendência, é biologia. Nossos cérebros são projetados para procurar novidades. A quantidade de novidade que cada um de nós procura depende da nossa própria química. Quando não obtemos novidade o suficiente, ficamos entediados.
A geração sexual de hoje torna possível para todos nós obter qualquer forma de novidade sexual que desejar, a qualquer momento que quiser. Se você trabalhasse em uma sorveteria, e pudesse tomar todo o sorvete que quisesse, o que aconteceria logo no segundo dia de trabalho? Sim, você ia enjoar de sorvete.

A saga masculina: eles têm mais e morrem mais de câncer.

Segundo um novo estudo, homens são mais propensos do que mulheres a desenvolver e morrer de câncer.
Os pesquisadores dizem que não está claro porque há essa disparidade, mas pode ser em parte devido a fatores de estilo de vida, como fumar e beber mais e ir ao médico menos, ou fazer menos exames.
A análise levou em conta 36 tipos de tumores e cânceres sanguíneos diferentes que afetam ambos os sexos.
A Sociedade Americana de Câncer estima que os homens tenham cerca de 1 em 2 chances de desenvolver câncer em algum momento de suas vidas, em comparação com 1 em cada 3 para as mulheres.
Nos EUA, leucemia, câncer de cólon e reto, pâncreas e fígado mataram cerca de uma e meia a duas vezes mais homens do que mulheres ao longo de um período de 30 anos. Além disso, o câncer de pulmão matou quase duas vezes e meia mais homens durante esse tempo.
No geral, os pesquisadores descobriram que os homens eram mais propensos que mulheres a morrer da maioria dos cânceres – mas eles eram mais diagnosticados com câncer também. Após o diagnóstico, no entanto, as taxas relacionadas à sobrevivência para homens e mulheres tendiam a ser iguais. No entanto, os homens com alguns tipos de câncer eram mais propensos a morrer da doença do que as mulheres com o mesmo tipo.
Cânceres de lábio e garganta mataram cerca de cinco homens para cada mulher. Quatro vezes mais homens morreram de câncer de esôfago, e três vezes mais homens morreram de câncer de bexiga.
No entanto, as mulheres estão diminuindo a distância dos homens em alguns tipos de câncer, como câncer de pulmão. Casos de câncer de pulmão entre os homens diminuíram durante o período de estudo, mas mantiveram-se estáveis ou aumentaram em mulheres.
Idade, aparentemente, não desempenhou nenhum papel nas diferenças de taxas de mortalidade entre os sexos.
Os pesquisadores dizem que o estudo confirma uma tendência: os cânceres com maior taxa de mortalidade são cânceres de cabeça e pescoço, bexiga, pulmão, todos relacionados ao estilo de vida.
Segundo os cientistas, alguns tipos de câncer são inevitáveis devido a fatores como a predisposição genética, mas se é possível controlar, as pessoas devem fazer o melhor que puderem.
Em geral, as mulheres têm diagnósticos mais cedo e, consequentemente, estágios menos perigosos de câncer no momento do diagnóstico, embora isso não seja verdade para todos os tipos de câncer. Esses números podem ser porque as mulheres são mais propensas a checar sintomas.
Ou seja, a conclusão do estudo é que os homens não devem ignorar sintomas ou exames, e adotar estilos de vida mais saudáveis.
Claro que estilo de vida, como fumar e beber, importam, mas nem tudo se resume a isso também. Por exemplo, os homens podem ser mais expostos a agentes cancerígenos, terem diferenças hormonais e no metabolismo que desempenhem um papel, ou receberem menos proteção contra antioxidantes do que mulheres.
Se os pesquisadores puderem identificar as causas da diferença entre os sexos na incidência e mortalidade por câncer, ações preventivas poderiam reduzir a presença da doença em ambos os sexos.

Porque a letra “X” é usada para representar o desconhecido?

Em álgebra, a letra “x” é geralmente usada para representar uma quantidade desconhecida ou uma variável. Da mesma forma, a cultura ocidental usa o “x” além da matemática quando quer falar de algo sem denominação ou descrição, como raios-X, que confundiram seu descobridor, ou o seriado “Arquivos X”, de casos não solucionados envolvendo atividade paranormal.
O significado da letra “x” remonta à palavra árabe para “coisa”, ou šay’.
Em textos antigos, como o Al-Jabr, um manuscrito escrito em Bagdá em 820 d.C. que estabeleceu as regras da álgebra, variáveis matemáticas eram chamadas de coisas. Por exemplo, uma equação podia ser lida como “três coisas igual a 15″, a “coisa” sendo o número 5.
Mais tarde, quando o Al-Jabr foi traduzido para o antigo espanhol, a palavra šay’ foi escrita como “xei”. Você já deve imaginar o resto: não demorou para ela ser abreviada como “x”.

Antiga Terra não era tão quente quanto se pensava.

Os cientistas acreditam que, cerca de 50 milhões de anos atrás, a Terra vivia um dos capítulos mais quentes da história dos últimos 65 milhões de anos. Agora, novas evidências indicam que o clima não deve ter sido tão quente quanto se pensava anteriormente – mas ainda era quente.
Os cientistas analisaram assinaturas químicas em conchas fossilizadas de moluscos que viveram no que agora é o Alabama, EUA, que há 50 milhões de anos atrás era um vasto habitat marinho. Hoje, a temperatura média na área de estudo é de 24 graus Celsius.
Durante o Eoceno, nome formal para a época estudada, as temperaturas da água nas regiões subtropicais giravam em torno de 27 graus Celsius, ligeiramente mais fria do que estudos anteriores previram.
Segundo os pesquisadores, havia crocodilos acima do Círculo Ártico e palmeiras no Alasca. O que ainda permanece um mistério é quanto mais quente estava a temperatura em latitudes diferentes, e como isso pode ser usado para projetar temperaturas futuras com base no que sabemos sobre níveis de dióxido de carbono.
Isso porque, durante o Eoceno, o nível atmosférico de dióxido de carbono (CO2) na Terra era maior do que hoje. Estudar a correlação entre o CO2 e a temperatura no passado pode ajudar os cientistas a entender melhor como os níveis de CO2 afetam o aquecimento global.
Estudos anteriores sugeriram que, naquela época, as regiões polares da Terra eram muito quentes, em torno de 30 graus Celsius. No entanto, como os raios solares são mais fortes no equador do planeta, é improvável que as regiões subtropicais fossem consistentemente mais frias do que os polos.
Como o estudo mostrou uma temperatura de 27 graus Celsius em regiões subtropicais, isso sugere que as estimativas anteriores de temperatura durante o Eoceno precoce foram provavelmente superestimadas, especialmente em latitudes mais altas, próximas aos polos.
Os pesquisadores alertam que essa conclusão não significa que elevados níveis de CO2 atmosféricos não produziram um efeito estufa – a Terra era claramente mais quente durante o início do Eoceno. Os resultados apoiam sim as previsões de que o aumento dos níveis de CO2 atmosféricos resulta em um clima mais quente, com menos sazonalidade em todo o globo.

Os 9 lugares mais quentes do planeta.

Oficialmente, o verão está nesse momento no hemisfério norte. Porém, o calor continua bombando em um monte de lugares. Enquanto dois terços da Terra são cobertos de água, um terço das terras remanescentes (que é um nono do total) é deserto (quase inabitável). Como você deve imaginar, todos os nove lugares mais quentes do mundo ficam em meio a esses ambientes ásperos. Já pensou morar em algum deles?
1 – Wadi Halfa, no Sudão – 53°C

Esse vale seco no topo do Sudão encontra-se na fronteira com o Egito. Em abril de 1967, a cidade de 15.000 habitantes atingiu uma temperatura de 53 graus Celsius. Enquanto o clima no norte do Sudão é geralmente muito seco, há momentos em que o ar úmido do sul pode chegar à fronteira e causar tempestades de poeira violentas, conhecidas como “haboob” (o ar úmido e instável forma trovoadas no calor da tarde). O fluxo inicial do ar de uma tempestade que se aproxima produz uma enorme parede amarela de areia e argila que pode, temporariamente, reduzir a visibilidade à zero.
2 – Ahwaz, Irã – 53°C

Ahwaz encontra-se em um deserto pouco acima do nível do mar, e quase nunca chove por lá. Durante julho, a alta média é de 47°C, quente o suficiente para fazer com que os milhões de residentes da cidade liguem os ventiladores. Ahwaz é um lugar onde a sesta é levada muito a sério: a fim de escapar do calor opressivo da tarde, lojas e empresas fecham cerca de meio-dia e reabrem por algumas horas após as seis.
3 – Tirat Tsvi, Israel – 54°C

O lugar mais quente da Ásia é a pequena Tirat Tsvi (população: 642), que registrou uma temperatura de 54 graus Celsius em junho de 1942. A cidade fica 220 metros abaixo do nível do mar. Apesar de seu clima formidável, é o local onde mais crescem árvores em Israel: 18.000.
4 – Araouane, Mali – 54,4°C

Araouane é uma pequena aldeia subsaariana que apenas 300 famílias chamam de lar. O deserto circundante é completamente estéril e um vento seco conhecido como “Harmattan” golpeia partículas finas de areia que podem obscurecer a visibilidade e se agrupar nas laterais dos edifícios. Araouane não recebe chuva suficiente para plantações, e a aldeia é dependente do comércio, caravanas que hoje movem blocos de sal de minas que se encontram ao norte. A temperatura neste ponto remoto atingiu 54,4 graus Celsius no verão de 1945.
5 – Timbuktu, Mali – 54,5°C

A cidade mais conhecida por ser no meio do nada – Timbuktu – é também um lugar muito quente. Timbuktu fica no extremo sul do deserto do Saara, alguns quilômetros ao norte do rio Níger. A cidade está rodeada por dunas de areia e suas ruas são muitas vezes cobertas de areia. Com uma alta registrada de 54,5 graus Celsius, Timbuktu é um dos lugares mais quentes do mundo. No mês de maio, máxima média de 42,2 graus Celsius não é incomum. Mesmo os meses de inverno apresentam altas de mais de 30 graus Celsius. Uma população de mais de 40.000 pessoas lutam contra esse calor com roupas desenhadas para afastar o pior do clima.
6 – Kebili, Tunísia – 55°C

Embora seja quente demais, Kebili é realmente um oásis no deserto. As 18.000 pessoas que chamam o lugar de cidade natal enfrentam ondas de calor com temperaturas superiores a 55 graus Celsius. Como a história de Kebili remonta a mais de 200.000 anos, muitos dos habitantes locais passaram adiante métodos destinados a sobreviver nos dias insuportavelmente quentes. Eles estocam água e se esforçam para manter uma temperatura corporal relativamente constante.
7 – Ghadames, Líbia – 55°C

Ghadames é outro oásis no meio de um deserto. A população berbere nativa de cerca de 7.000 habitantes vive em casas feitas com paredes grossas de lama, cal, e troncos de árvores que ajudam a protegê-los do calor abrasador, especialmente no verão. Os telhados das casas são interligados, e muitas das ruas são cobertas, permitindo maior sombra, privacidade e segurança. A cidade é tão icônica que está listada como Patrimônio Mundial da UNESCO. A paisagem se assemelha ao planeta “Tatooine”, do filme Star Wars, e a habitação da área se estende do século 6.
8 – Death Valley (Vale da Morte), Estados Unidos – 56,6°C

Death Valley é o vale mais seco e mais baixo dos Estados Unidos, condições que se somam a algumas temperaturas extremas. Em 10 de julho de 1913, os termômetros registraram 56,6 graus Celsius, a temperatura mais alta já medida nos Estados Unidos. Durante aquela semana, cinco dias seguidos marcaram 53 graus Celsius ou mais. Anteriormente, lá ficava o centro de operações de mineração de uma companhia, que arrastava minerais com mulas através do deserto de Mojave. Hoje, a maioria dos alojamentos em Death Valley é desligada quando a temperatura se eleva a 51 graus Celsius.
9 – El Azizia, Líbia – 58°C

A temperatura mais quente já registrada na Terra foi em El Azizia, na Líbia, onde um calor de 58 graus Celsius fez seu caminho aos livros de história em 13 de setembro de 1922. Dois dias de ventos quentes precederam a marca. Alguns especialistas argumentam que o calor latente pode ter sido adicionado à massa de ar devido à chuva ao sul de El Azizia. Ainda assim, as previsões dizem que as temperaturas lá são de cerca de 56 graus Celsius, não muito diferente para as 300.000 pessoas que fazem dessa cidade a sua casa.

Umbigo humano é o lar de várias bactérias até então desconhecidas.

Você nunca imaginou que seu umbigo seria a casa de tanta coisa estranha, incluindo 662 micróbios aparentemente novos para a ciência.
Uma nova pesquisa que tirou amostragens de DNA de cepas no umbigo de doadores voluntários demonstrou que o umbigo humano é, aparentemente, um ambiente propício para bactérias.
Até agora, eles encontraram 1.400 estirpes bacterianas diferentes, sendo que quase metade das quais nunca tinham sido vistas antes.
O estudo foi criado para interessar as pessoas em microbiologia e atenuar as preocupações do público sobre micróbios que causam doenças. Além disso, rendeu muitos dados novos sobre o “microbioma” do homem, ou seja, os micro-organismos que vivem no nosso interior.
A pele ainda não tinha sido muito bem estudada, e os pesquisadores queriam examinar os umbigos porque eles são mais difíceis de se lavar e esfregar do que o resto do corpo.
Dois escritores cientistas, Carl Zimmer e Peter Aldhous, doaram amostras. Enquanto a amostra de Peter falhou em produzir colônias de bactérias, a amostra de Carl era cheia de vida. Algumas espécies em seu microbioma tinham sido encontradas somente no oceano. Outra, uma espécie chamada Georgenia, só foi encontrada viva no solo no Japão, onde Carl nunca esteve – mas que de alguma forma chegou até ele.
Os pesquisadores registraram um grande número de micróbios novos, mas a maioria deles foi encontrada em pequenas quantidades. Cerca de 40 espécies representam em média 80% da população bacteriana dos nossos umbigos.
E já digo que não adianta ficar paranoico: provavelmente, tentar lavar seu umbigo repetidamente não vai levar embora as tantas bactérias que lhe fazem companhia…[

Source Logo Os melhores artigos. Os leitores mais inteligentes da internet. * Comportamento * Mistérios * Super listas * Bizarro * Tecnologia * Bem-estar * Animais * Espaço * Meio ambiente Séculos de estudo: afinal, os animais são ou não capazes de pensar?


Imagine um animal em situação de perigo. Antes de se aproximar do objeto ameaçador, ele apenas observa de longe seus movimentos. Depois, vencido pela curiosidade, se aproxima, não sem saltar para trás em apreensão – e precaução. Quando considera que não há perigo, ganha confiança e volta a agir normalmente.
Esse comportamento certamente parece inteligente. Os humanos poderiam muito bem se comportar de forma similar quando se deparassem com algo estranho e potencialmente perigoso. Mas o que realmente acontece com os animais: um processo de pensamento deliberado ou mero instinto animal?
A questão é antiga. Aristóteles e René Descartes acreditavam que o comportamento animal era governado puramente por reflexos. Já Charles Darwin e o psicólogo William James argumentaram que os animais deveriam ter uma vida mental complicada.
Agora, estamos mais perto do que nunca de resolver esse debate. Uma grande quantidade de relatos de comportamentos animais está fazendo muitos biólogos acreditarem que certas criaturas realmente têm pensamentos rudimentares.
Enquanto isso, as últimas imagens cerebrais de experimentos estão ajudando os cientistas a compreender que tipo de anatomia é necessária para um cérebro pensante.
Embora seja improvável que as vidas mentais dos animais sejam tão complexas quanto a nossa, há muito mais acontecendo em suas cabeças do que se pode imaginar.
Na década de 1970, o zoólogo americano Donald Griffin começou a esquentar esse debate. Ele foi uma das primeiras pessoas a descobrir a “ecolocalização” dos morcegos, e comportamentos tais como a capacidade dos castores de cortar pedaços de madeira para encaixar precisamente nos furos particulares de suas barragens, bem como a capacidade dos macacos de usar suas vozes (chamadas diferentes) para enganar os outros – tudo sugeria que os animais podiam pensar.
Os céticos achavam que isso era muito subjetivo. As observações de Donald perderam credibilidade por ele achar que todos os animais eram conscientes – ele queria provar que, cada vez que qualquer animal fazia qualquer coisa com qualquer ingenuidade, tão primitivo quanto um vaga-lume brilhando no escuro, ele estava consciente.
Hoje, no entanto, apesar do valor do trabalho de Donald, a pesquisa está mais objetiva e sistemática. Mais popular é a ideia de que as experiências mentais de outros animais se encontram em uma espécie de espectro, variando de um tipo primitivo de consciência ao fluxo rico e complexo de pensamentos da mente humana.
A mosca da fruta é o animal perfeito para explorar uma das extremidades desse espectro. Ao longo dos últimos anos, cientistas mostraram que esses insetos têm um pré-requisito essencial para a consciência: ao invés de responder aleatoriamente a tudo à sua volta, eles podem selecionar em que prestam atenção com base em suas memórias.
Por exemplo, as moscas são mais propensas a explorar novos objetos adicionados ao ambiente do que coisas que estiveram lá por um tempo. Quando os pesquisadores reduziram a capacidade da mosca da fruta de formar memórias, isso prejudicou sua capacidade de atender a novidade, de modo que os insetos responderam mais ao acaso.
Atenção flexível existe, provavelmente, até no mais simples cérebro, o que significa que muitas criaturas, incluindo peixes, anfíbios e répteis, também pode ter esse tipo de consciência. Sendo assim, quais animais, se houver algum, mostram sinais mais avançados de experiência mental?
Os melhores indícios até agora são de animais que exibem formas particularmente complexas de comportamento, como a capacidade de planejar o futuro.
Até recentemente, os cientistas acreditavam que essa característica era unicamente humana. No final de 1990, pesquisadores descobriram que o pássaro gaio-azul pode usar memórias específicas de acontecimentos do passado para fazer planos para os tempos à frente.
Em 2006, pesquisadores descobriram que essa capacidade se estendia aos beija-flores. Eles podem se lembrar da localização de certas flores e quão recentemente estiveram em um local, e usar essas informações para orientar seu comportamento futuro.
Desde então, os estudos sugerem que primatas, ratos e polvos mostram alguma aptidão para o planejamento futuro, também.
O problema é se esse comportamento é flexível. Se não, o ato pode ser apenas um instinto evoluído, por mais complexo que pareça ser. Por exemplo, corvos conseguem usar uma ferramenta “antiga” para um novo uso (um galho para verificar objetos potencialmente perigosos foi usado mais tarde para pegar comida dentro de um tubo).
Corvídeos podem até ser capazes de adivinhar o comportamento de outra ave. Por exemplo, experiências constataram que os corvos tomam medidas para proteger alimentos de outros corvos que poderiam tê-los visto escondendo-os, mas ficam despreocupados com corvos presos atrás de um obstáculo que teriam bloqueado a sua visão (e assim não teriam visto onde eles esconderam a comida). Em outras palavras, eles têm uma “teoria da mente” básica, que não é possível sem algum tipo de processo de pensamento.
Algumas outras criaturas também devem ter essa capacidade; não surpreendentemente os primatas estão entre essa elite. Se os chimpanzés roubam comida, por exemplo, são extremamente silenciosos se outro membro do grupo estiver ao alcance de sua voz. Mais impressionante ainda, eles parecem ser capazes de adivinhar como outro pode ter agido no passado.
Durante uma caça à comida, os chimpanzés tentam adivinhar onde seus concorrentes poderiam ter procurado primeiro, para que eles possam procurar em locais menos óbvios. Baleias, ursos e cães ainda não provaram suas habilidades neste tipo de tarefa, mas não deixam de mostrar alguns sinais de empatia que sugerem que eles também devem ter uma vida mental relativamente avançada.
No entanto, ainda falta uma característica importante do pensamento humano nos animais, chamada de “metacognição”: a habilidade de monitorar e controlar memórias e percepções, permitindo-nos pensar, por exemplo, “eu sei que eu sei isso” ou “eu não tenho certeza de que estou certo”, ou ainda sentir que o nome de alguém está na ponta de sua língua.
A importância disso para o pensamento humano é comparável ao uso da linguagem e das ferramentas. Evidência de metacognição em outros animais, portanto, seria uma grande prova da existência da mente animal.
Alguns cientistas começaram a explorar o assunto no início de 2000. Por exemplo, em um experimento, um grupo de macacos observou uma imagem e, depois de um tempo, tiveram que tentar selecionar a imagem de um grupo de quatro. Para quem acertasse, o prêmio era um amendoim.
Em um fluxo de experiências, no entanto, os macacos poderiam perder a chance de ganhar o amendoim, em troca de um prêmio garantido – um alimento processado de macaco menos desejável. Os cientistas suspeitam que os macacos deixavam “passar” essa opção quando não tinham certeza da resposta.
Ele estava certo. Macacos que tinham a oportunidade de “passar” para a frente desempenharam muito melhor nos testes do que 0s do experimento “tudo-ou-nada”. Isto sugere que, quando dada a oportunidade, eles eram totalmente capazes de avaliar a sua confiança na tarefa, fornecendo evidências convincentes para a metacognição no macaco.
Novas pesquisas sugerem que eles são parte de um conjunto selecionado com essa capacidade. Os chimpanzés, como os macacos, demonstraram metacognição, mas os macacos-prego, embora inteligentes em outras áreas, parecem cair nesse obstáculo. Os resultados para os golfinhos não são claros, mas já ficou certo que criaturas como o pombo não estão à altura do desafio.
Descobrir se outras espécies inteligentes como os golfinhos e, talvez, os corvos, possuem metacognição é crucial para nosso entendimento da mente. Os cientistas precisam saber se a metacognição desenvolveu apenas uma vez, na linha dos primatas (que leva a macacos e humanos), ou se a característica se desenvolveu repetidamente e convergentemente, com picos de sofisticação cognitiva, em golfinhos, corvos, macacos e pessoas. Se esse for o caso, mudaria toda a nossa compreensão da evolução do cérebro dos primatas.
Muitos cientistas, entretanto, continuam achando que os humanos estão em um nível completamente diferente e muito maior de pensamento. Os chimpanzés, por exemplo, simplesmente não entendem conceitos físicos abstratos, como peso, gravidade e transferência de força.
Tente colocar uma banana perto da gaiola um chimpanzé e fornecer-lhe algumas ferramentas para alcançar seu potencial lanche. Ele estará tão propenso a tentar usar um material desajeitado e mole quanto um objeto rígido para alcançar a banana.
Ou seja, os chimpanzés podem raciocinar sobre coisas diretamente perceptíveis, mas somente os seres humanos têm um nível superior de pensamento que não depende apenas de estímulos sensoriais, permitindo-os formar conceitos mais abstratos, como gravidade ou força.
Esses cientistas céticos são minoria, mas continuam achando que os animais não têm consciência. Como Descartes, eles chegaram à conclusão de que a linguagem é essencial para o pensamento. Isso porque mesmo um comportamento engenhoso – que não envolva linguagem – pode ser feito sem estar consciente (veja os humanos dirigindo um carro sem nem pensar nisso). Os comportamentos que eles não concebem fazer inconscientemente são os que envolvem o uso de linguagem.
Um dos problemas nessa área é que os estudos de comportamento só podem chegar a um cerrto ponto: você poderia mostrar um animal como uma mosca colocando chapéu e vestindo roupas, e ainda algumas pessoas poderiam dizem que é apenas uma série de reflexos.
Por essa razão, alguns pesquisadores estão tentando novas abordagens que possam resolver o argumento de uma vez por todas. Imagens do cérebro é uma das possibilidades mais promissoras.
Por exemplo, pesquisadores usaram ressonância magnética funcional para estudar assinaturas de consciência do cérebro humano. Eles descobriram que existe um padrão similar de atividade neural cada vez que nos tornamos conscientes da mesma imagem de uma casa ou de um rosto, mas não processamos a informação da imagem inconscientemente. O trabalho sugere que o pensamento consciente não depende de qualquer região exclusivamente humana do cérebro, ou seja, não há nenhuma razão anatômica para dizer que o pensamento é exclusivo das pessoas.
Outro trabalho neurocientífico revelou alguns pré-requisitos importantes para a consciência que podem estar presentes em alguns animais. Conexões neurais que permitem que o tálamo transmita informações de sentidos para o córtex, por exemplo, parecem ser vitais para a percepção consciente. Outros mamíferos além de nós possuem tal conexão, por isso, eles têm pelo menos substratos para a consciência. Provavelmente podemos dizer o mesmo sobre as aves, o que parece se encaixar com as conclusões dos estudos comportamentais.
Algumas pessoas nunca vão se convencer do pensamento animal, já que acham que não há dados que possam responder a essa pergunta. Já outros estão otimistas com a procura dos equivalentes animais ao tálamo e córtex para resolver de vez o argumento.

As 10 melhores invenções de 2011.

De estudantes a cientistas, sempre há quem tenha boas ideias, sejam para tratar doenças ou salvar o planeta. Há até mesmo invenções criativas com o único objetivo de divertir as pessoas. Não importa qual é o propósito: o brilho das invenções e a dedicação de quem está por trás delas é inspiradoras. Abaixo, você confere 10 invenções que se destacaram esse ano, cada um delas com um desafio diferente e soluções engenhosas.
1 – Mão mecânica habilidosa

Mark Stark criou a “Stark Hard” para ajudar seu amigo Dave Vogt, que nasceu sem a mão esquerda. A prótese é muito mais barata do que as versões eletrônicas, que chegam a custar milhares de dólares. Ela foi montada com plástico, mas é tão boa quanto qualquer outra. Com a alternativa, confortável e acessível, Dave pode pegar bolas e copos de vinho com a firmeza de uma mão natural.
2 – Uma luva que salva vidas

A luva BodyGuard serve para auto-proteção e tem diversas funções que poderiam salvar a vida de uma pessoa em uma situação de risco, como em um ataque de um animal selvagem. Com ela, nenhum assaltante teria chances de vencer um confronto com um policial em uma luta. O modelo de demonstração tem três quilos, e é envolto por um material resistente que se estende por todo o antebraço. Ele também é equipado com uma câmera, laser, lanterna e muito espaço para futuras melhorias.
3 – Impressora de bolso

Já pensou em fazer impressões de textos e imagens em qualquer lugar, longe do computador? Com a PrintBrush isso é possível. A mini-impressora pesa pouco mais de 450 gramas, se encaixando facilmente até em uma bolsa de laptop. Uma de suas vantagens é que ela imprime em qualquer superfície plana, desde madeira até tecido ou plástico. A PrintBrush deve ser lançada no início de 2012, com uma câmera de 5 megapixels incluída. As fotos poderão ser impressas logo em seguida.
4 – Inovação no snowboard

Aaron Coret e seu amigo Stephen Slen encontraram uma solução para a prática do snowboard de maneira mais segura e confortável. Eles construíram uma prancha almofadada e melhor planejada, depois que Aaron sofreu um acidente praticando o esporte.
5 – Óculos de sol inteligente

Ao contrário de óculos de sol comuns, os óculos criados por Chris Mullin bloqueiam o brilho intenso do sol instantaneamente. As lentes de cristal líquido escurecem mais nas regiões em que a luz do sol é mais brilhante. Uma boa pedida para um dia ensolarado na praia, não?
6 – Detetive de pragas

O “Detective Bed Bug” foi construído inspirado no nariz canino e fareja percevejos rapidamente. Há planos para criar modelos que possam detectar outras pragas, incluindo ratos e baratas.
7 – A caneta mágica do pré-natal

Estudantes universitários desenvolveram uma maneira de detectar possíveis complicações nas gestações precocemente, de maneira barata e acessível. Uma caneta criada por eles, que custa menos de dois reais, é uma alternativa para fazer as marcações no pré-natal, feitas habitualmente com testes inacessíveis para o padrão de alguns hospitais, mas necessários para a prevenção de problemas que o bebê possa ter.
8 – Lixo zero

O ZLD (Zero Liquid Discharge – ou, zero descarga de líquido) é uma tecnologia que oxida completamente o esgoto de navios e aviões, fazendo com que os elementos orgânicos evaporem. Após a evaporação, o lixo sai sem prejudicar o meio ambiente, de forma inodora. O sistema ZLD também pode ser utilizado para eliminar resíduos líquidos e produzir água de alta pureza para reutilização em fábricas ou residências.
9 – Bodyboard motorizado

O Kymera Body Board é uma solução para se divertir no lago ou no mar com velocidade, mas sem precisar de um barco. A última versão do bodyboard motorizado atinge velocidades de 40 quilômetros por hora.
10 – O espelho médico

Esse espelho não vai dizer que não existe ninguém mais belo do que você. Mas ele pode informar algo tão valioso quanto: o seu ritmo cardíaco. A webcam instalada atrás do espelho capta variações na luz refletiva em seu rosto e um algoritmo consegue traduzir isso em batimentos cardíacos. Mesmo que o espelho não aumente sua autoestima, vai te manter com a saúde em dia![

Tempestade em Saturno é visível da Terra.

Recentemente, uma tempestade causou “Grande Mancha Branca” em Saturno, visível da Terra.
Observações da sonda Cassini, da NASA, combinadas com imagens de telescópios terrestres revelam o espetáculo elétrico que produziu a tempestade tão intensa. Os flashes estão ocorrendo a uma taxa de até dez vezes por segundo.
O nome “Grande Mancha Branca” é devido exatamente ao tamanho da tempestade, grande o suficiente para ser visível por telescópio da Terra. Ela acontece raramente – uma vez a cada 30 anos.
Essa explosão começou em dezembro passado, e uma rede de observadores terrestres e sondas monitoraram a sua evolução.
O cientista planetário Agustin Sanchez-Lavega disse que as gigantescas tempestades conhecidas como Grandes Manchas Brancas são dez vezes maiores do que as tempestades regulares, e mais raras (elas ocorrem uma vez por ano em Saturno, que equivale a 29,5 anos terrestres).
A tempestade acontece quando a primavera chega ao hemisfério norte de 140.000 quilômetros de largura do planeta. É apenas a sexta vez que o fenômeno é documentado na Terra, observado desde 1876.
A tempestade tem uma latitude e longitude de 9.980 e 16.000 quilômetros, respectivamente, o que significa que se espalharia por metade da Terra.
O número de flashes desta tempestade é de cerca de uma ordem de magnitude maior do que os anteriores. Ela desenvolveu uma cauda alongada para o leste com células de tempestade adicionais. Ao contrário de tempestades na Terra, a potência total desta tempestade é comparável à potência emitida total de Saturno.
Os cientistas disseram que o aparecimento de tais tempestades no hemisfério norte pode estar relacionado com a mudança das estações.
O grande desafio para a próxima geração de modelos atmosféricos será prever quando (e onde) as nuvens de tempestade irão aparecer, quebrando o jeito normalmente brando e enevoado de Saturno.