domingo, 19 de fevereiro de 2012

Redes sociais e e-mail viciam mais do que álcool e cigarros.

Twittar ou checar os e-mails pode ser mais viciante do que cigarros e álcool, de acordo com pesquisadores que estudaram o controle dos desejos.
E eles ainda descobriram que apesar do sono e do sexo serem necessidades maiores, as pessoas tendem a deixar isso de lado para entrar nas redes sociais ou outras mídias.
Uma equipe, da Universidade de Chicago, afirma que seu experimento, que usou BlackBerrys para entender o comportamento de 205 pessoas com 18 a 85 anos, é o primeiro a monitorar as repostas “em campo”, fora do laboratório.
Os participantes recebiam uma mensagem sete vezes ao dia, em um período de 14 horas e por sete dias consecutivos, para que respondessem se estavam sentindo algum desejo na hora ou nos últimos 30 minutos, de que tipo era, a força (até irresistível), se entrava em conflito com outros desejos, e se eles resistiram ou não. No fim, os pesquisadores receberam 10.558 respostas e 7.827 “episódios de desejo” confirmados.
“A vida moderna é um conjunto de desejos marcados por conflito e resistência constantes”, afirma Hofmann. Sono e lazer foram os desejos mais problemáticos, sugerindo uma “permanente tensão entre as inclinações naturais para o descanso e o relaxamento e a quantidade de trabalho e obrigações”.
Os pesquisadores descobriram que conforme o dia passava, o poder de escolha diminuía. “Resistir ao desejo de trabalhar era quase certo de falhar. Em contraste, as pessoas conseguiam com relativo sucesso resistir às inclinações para atividade física, sexo e gasto de dinheiro, o que é surpreendente já que a cultura moderna parece falhar no controle sexual e na vontade de consumir”.
O estudo ainda consta que o desejo para tabaco, álcool e café foi relativamente baixo, desafiando aparentemente o “estereótipo de vícios que temos”.
Eles adicionam: “Resistir ao desejo de trabalhar quando ele entra em conflito com outros objetivos, como socializar ou relaxar, pode ser difícil porque o trabalho define a identidade das pessoas, dita muitos aspectos da vida, e invoca penalidades quando alguns deveres não são feitos”.
“Desejos por mídias podem ser comparativamente difíceis de resistir por causa de sua grande difusão, e porque parece não ‘custar muito’ para fazer essas atividades, mesmo que a pessoa queira resistir”, comenta Hofmann.
Com cigarros e álcool existem mais custos – de longo termo e monetários – e a oportunidade pode não ser sempre a certa. “Então, mesmo que as mídias tragam menos consequências, o uso frequente pode ‘roubar’ muito tempo de alguém”, explica.

Facebook tenta ficar parecido com o Google+, mas desagrada usuários.

Se você usa o Facebook, deve estar percebendo a infinidade de mudanças que estão surgindo no site diariamente. E é claro, os protestos dos usuários que não estão gostando nem um pouco das alterações.
O Facebook pode não admitir, mas a preocupação com o concorrente Google+ é cada vez mais evidente. Afinal, esse é o primeiro concorrente que realmente parece ter peso em muitos anos. Mesmo com uma enorme vantagem, o Facebook tem feito uma série de mudanças que estão fazendo com que se aproxime cada vez mais dos círculos do Google+, uma das maiores sacadas da nova rede social.
A tentativa de apropriação dos círculos pode ser observada em vários novos recursos do Facebook. Agora existem as listas de amigos, em que pessoas são listadas separadamente de forma automática caso elas tenham estudado ou trabalhado no mesmo lugar que você, ou sejam membros de sua família.
Já a lista de “amigos próximos” é o próprio usuário que preenche. Com esse recurso, é possível ver as atualizações dos seus melhores amigos sempre na parte superior do site.
Agora, adicionar um novo amigo não é apenas apertar um botão: quando você faz isso surge uma série de possibilidades de classificação. Na hora de compartilhar uma mensagem ou arquivo, será possível limitar a transmissão para apenas algumas pessoas de listas específicas.
Na semana passada, os usuários devem ter percebido que apareceu um botão “Assinar” nas páginas de perfil. As pessoas podem clicar nesse botão e automaticamente conhecer todas as atualizações de alguém nos mínimos detalhes – uma boa notícia para os stalkers de plantão.
O Facebook também adicionou um “Ticker” (para lembrar o Twitter, talvez?) acima da área das notificações, que compartilha atualizações em tempo real, dando aos usuários menos tempo de remover mensagens embaraçosas – mas dando alegrias imediatas aos amigos que vão descobrir a última coisa que o gatinho da pessoa fez, antes dela resolver deletar a mensagem boba).
Se essas mudanças são boas ainda é difícil dizer, mas muitas pessoas já estão zombando a rede social, perguntando se esse seria o “Facebook+”.
Basta abrir o Facebook para se deparar com dezenas de reclamações dos usuários, como Brandi Genest Weeks: “Francamente eu não quero que o Facebook decidida quem é mais importante na minha vida. Eu quero que meu feed de notícias siga cronologicamente, e se eu quiser esconder as mensagens de alguém, eu mesmo faço isso. Pare de mudar Facebook. Você está se tornando MySpace e saí de lá por alguma razão.”
Será que o Facebook é tão inteligente a ponto de decidir quais são os amigos de uma pessoa e o que ela quer ver? É difícil acreditar que sim, e talvez seja por isso que as pessoas estejam tão irritadas.
“Algo tão simples como um pedido de amizade se transformou em uma dor de cabeça com tantas opções. O bate-papo, em vez de apenas mostrar todos que estão online, agora está dividido em grupos que o Facebook acha que eu quero falar”, protesta o usuário Raymond J. Schlogel.
Certamente comentários como esses estão recebendo muitos “curtir” pelo Facebook. No entanto, houve uma minoria que apoiou igualmente as alterações no site. De qualquer forma, é impressionante o quanto o Facebook vem se renovando rapidamente, mesmo que os usuários nunca tenham pedido por isso, de maneira geral.

A origem de 9 superstições comuns.

 
Algumas superstições são tão arraigadas nas sociedades modernas que todo mundo, de leigo a cientista, sucumbe a esses atos insensatos (ou, pelo menos, se sente um pouco desconfortável se não o faz).
Mas por que não andamos debaixo de escadas? Por que, depois de expressar otimismo, batemos na madeira? Por que as pessoas não religiosas pedem que “Deus abençoe” um espirro? E por que evitar a todo custo abrir um guarda-chuva dentro de casa? Conheça essas e outras origens de superstições comuns:
1 – Dá azar abrir um guarda-chuva dentro de casa

Embora alguns historiadores acreditem que esta crença vem de tempos antigos egípcios, as superstições a cerca dos guarda-sóis dos faraós eram realmente muito diferentes e, provavelmente não relacionadas a crença moderna do guarda-chuva. A maioria dos historiadores acha que o alerta contra guarda-chuva dentro de casa se originou muito mais recentemente, na Inglaterra vitoriana.
Em “Extraordinary Origins of Everyday Things” (tradução livre, “Origens Extraordinárias de Coisas Cotidianas”) (Harper, 1989), o cientista e autor Charles Panati escreveu: “Em Londres do século XVIII, quando os guarda-chuvas à prova d’água de metal começaram a se tornar uma visão comum, o seu mecanismo rígido tornava um verdadeiro perigo para ser aberto dentro de casa. Um guarda-chuva abrindo de repente em um quarto pequeno poderia ferir gravemente um adulto ou uma criança, ou quebrar um objeto. Mesmo um acidente menor poderia provocar palavras desagradáveis ou uma briga, sinal de má sorte em uma família ou entre amigos. Assim, a superstição surgiu como um elemento para impedir as pessoas de abrirem um guarda-chuva dentro de casa”.
2 – É má sorte andar debaixo de uma escada inclinada

Esta superstição realmente tem origem há 5.000 anos no Egito antigo. Uma escada encostada a uma parede forma um triângulo, e os egípcios consideravam esta forma sagrada (como exibida, por exemplo, por suas pirâmides). Para eles, triângulos representavam a trindade dos deuses, e passar por um triângulo era profaná-los.
Essa crença fez seu caminho através dos tempos. “Séculos mais tarde, os seguidores de Jesus Cristo usurparam a superstição, interpretando-a à luz da morte de Cristo”, explicou Panati. “Como uma escada descansou contra o crucifixo, tornou-se um símbolo de maldade, morte e traição. Andar sob uma escada trazia desgraça”.
Na Inglaterra, em 1600, os criminosos eram obrigados a caminhar debaixo de uma escada em seu caminho para a forca.
3 – Espelho quebrado dá sete anos de azar

Na Grécia antiga, era comum que as pessoas consultassem “videntes de espelho”, que diziam suas fortunas através da análise de suas reflexões. Como o historiador Milton Goldsmith explicou em seu livro “Signs, Omens and Superstitions” (tradução livre, “Sinais, Presságios e Superstições”) (1918), “a adivinhação era realizada por meio de água e um espelho. Isto era chamado catoptromancia. O espelho era mergulhado na água e uma pessoa doente era convidada a olhar para o copo. Se sua imagem aparecia distorcida, ela corria o risco de morrer; se clara, ela viveria”.
No primeiro século d.C., os romanos acrescentaram uma ressalva para a superstição. Naquela época, acreditava-se que a saúde das pessoas mudava em ciclos de sete anos. Uma imagem distorcida resultante de um espelho quebrado, portanto, significava sete anos de má saúde e infortúnio, em vez de morte.
4 – Quando você derramar sal, jogue um pouco sobre seu ombro esquerdo para evitar azar

Derramar sal tem sido considerado azar por milhares de anos. Cerca de 3.500 a.C., os sumérios antigos anulavam a má sorte de derramar sal jogando uma pitada sobre seus ombros esquerdos. Este ritual se espalhou para os egípcios, os assírios e, mais tarde, os gregos.
A superstição, em última análise, reflete o quanto as pessoas valorizavam (e ainda valorizam) o sal como tempero para o alimento. A etimologia da palavra “salário” mostra o quão altamente valorizamos isso. De acordo com Panati, “O escritor romano Petrônio, no Satyricon, originou ‘não vale o seu sal’ como opróbrio para os soldados romanos, que recebiam subsídios especiais de porções de sal, chamados salarium – “dinheiro sal” -, a origem da nossa palavra ‘salário’”.
5 – Bater na madeira para evitar a decepção

Embora os historiadores digam que isso pode ser um dos costumes mais prevalentes nos Estados Unidos, sua origem é muito duvidosa. “Alguns atribuem isso ao rito religioso antigo de tocar um crucifixo ao fazer um juramento”, Goldsmith escreveu. Alternativamente, “entre os camponeses ignorantes da Europa, pode ter tido o seu início o hábito de bater bem forte para manter os maus espíritos longe”.
6 – Sempre “Deus abençoe” um espirro

Na maioria dos países de língua inglesa, é educado responder a um espirro de uma outra pessoa dizendo “Deus te abençoe”. No Brasil, também há o costume de dizer simplesmente “Saúde”.
Apesar de encantamentos de boa sorte terem acompanhado em todas as culturas os espirros durante milhares de anos (todos em grande parte ligados à crença de que o espirro expulsa espíritos malignos), esse costume em particular começou no século VI d.C., por ordem expressa do Papa Gregório, o Grande.
A peste terrível estava se espalhando através da Itália na época. O primeiro sintoma era espirros crônicos graves, e isso muitas vezes era rapidamente seguido de morte. O Papa Gregório pediu que os saudáveis orassem pelos enfermos, e ordenou que respondessem a espirros, ao invés do normal “Que você possa desfrutar de boa saúde” pelo mais urgente “Deus te abençoe!”.
Se uma pessoa espirrasse quando estivesse sozinha, o Papa recomendou que dissesse para si mesma uma oração em forma de “Deus me ajude”.
7 – Pendurar uma ferradura em forma de U para a boa sorte

A ferradura é considerada um amuleto de boa sorte em uma ampla gama de culturas. A crença em seus poderes mágicos remonta aos gregos, que pensavam que o elemento ferro tinha a capacidade de afastar o mal. Não só o ferro, mas a forma da lua crescente para os gregos no século IV era um símbolo de fertilidade e boa sorte.
A crença nos poderes talismânicos de ferraduras passou dos gregos para os romanos, e deles para os cristãos. Nas Ilhas Britânicas na Idade Média, quando o medo da bruxaria era galopante, as pessoas penduravam ferraduras de cabeça para baixo em suas casas e portas. As pessoas pensavam que as bruxas temiam cavalos, e fugiam de qualquer lembrança deles.
8 – Um gato preto cruzar seu caminho é sorte/azar

Muitas culturas concordam que os gatos pretos são presságios poderosos – mas eles significam coisa boa ou má?
Os antigos egípcios reverenciavam todos os gatos, pretos ou não, e foi lá que começou a crença de que um gato preto cruzar seu caminho traz boa sorte. Sua reputação positiva é registrada novamente muito mais tarde, no início do século XVII na
Inglaterra: o rei Charles I tinha um gato preto como animal de estimação. Após a sua morte, ele disse ter lamentado que sua sorte tinha ido embora. A suposta verdade da superstição foi reforçada quando ele foi preso no dia seguinte e acusado de alta traição.
Durante a Idade Média, as pessoas em muitas outras partes da Europa tinham uma crença bastante oposta. Elas achavam que os gatos pretos eram os “familiares”, ou companheiros, de bruxas, ou mesmo as próprias bruxas disfarçadas, e que um gato preto cruzar seu caminho era uma indicação de má sorte – um sinal de que o diabo estava vendo você.
Esta parece ter sido a crença dominante que os peregrinos trouxeram quando vieram para a América, o que talvez explique a forte associação entre os gatos pretos e a bruxaria que existe no país até hoje.
9 – O número 13 dá azar

O medo do número 13 tem suas origens na mitologia nórdica. Em um conto bem conhecido, 12 deuses foram convidados para jantar no Valhalla, a sala do banquete magnífico em Asgard, a cidade dos deuses. Loki, o deus da discórdia e do mal, chegou de bicão, aumentando o número de participantes para 13. Os outros deuses tentaram expulsar Loki, e na luta que se seguiu, Balder, o favorito entre eles, foi morto.
Os escandinavos evitavam jantares de 13 membros e não gostavam do número 13 em si, crença que se espalhou para o resto da Europa. Ela foi reforçada na era cristã pela história da Última Ceia, em que Judas, o discípulo que traiu Jesus, foi o décimo terceiro convidado da ceia.
Muitas pessoas ainda se assustam com o número, mas não há evidências estatísticas de que 13 dá azar.