sábado, 24 de março de 2012

Usuários de cocaína têm risco muito maior de glaucoma.

Uma nova pesquisa afirma que usuários de cocaína podem ter um risco aumentado de desenvolver um tipo de glaucoma.
Os pesquisadores americanos analisaram os registros de saúde de 5,3 milhões de veteranos dos EUA em 2009. Cerca de 90% dos veteranos eram do sexo masculino.
Cerca de 178 mil veteranos que foram atendidos em ambulatórios tinham um diagnóstico de abuso ou dependência de cocaína.
Os pesquisadores descobriram que cerca de 83 mil, ou cerca de 1,5% dos veteranos, tinham glaucoma.
Os participantes do estudo que tinham usado ou estavam usando cocaína eram mais propensos do que os não usuários a ter glaucoma de ângulo aberto, o tipo mais comum de glaucoma e a segunda causa mais comum de cegueira nos EUA.
Glaucoma de ângulo aberto é uma condição que está ligada a um aumento da pressão intraocular que, gradualmente, fere o nervo óptico. Com o tempo, essa pressão pode levar à perda substancial da visão periférica.
Os usuários e ex-usuários de cocaína tinham um aumento de 45% no risco de glaucoma de ângulo aberto.
Além disso, o estudo descobriu que pacientes com glaucoma e um histórico de uso de drogas ilegais eram quase 20 anos mais jovens do que pacientes com glaucoma sem histórico de exposição a drogas – ou uma média de idade de 54 versus 73 para não usuários de drogas.
Homens com glaucoma de ângulo aberto também tinham exposições significativas a maconha e anfetaminas, como metanfetamina, apesar de terem usado menos estas drogas do que a cocaína.
Segundo os pesquisadores, a associação do uso de drogas ilegais com glaucoma de ângulo aberto requer um estudo mais aprofundado, mas se a relação for confirmada, pode levar a novas estratégias para evitar a perda de visão.
Embora os cientistas estejam aguardando confirmação, é improvável que o glaucoma tenha precedido o uso de drogas ilegais, uma vez que o uso da substância começa tipicamente na adolescência ou nos 20 anos.
Mesmo assim, o estudo apenas mostrou uma correlação entre o uso de cocaína e o risco de glaucoma, e os cientistas não podem dizer se um causou o outro.

Por que temos diferentes tipos sanguíneos?

Os diferentes tipos sanguíneos humanos provavelmente surgiram para afastar as doenças infecciosas. A incompatibilidade de alguns tipos de sangue, no entanto, é apenas um “acidente” da evolução. Mas esse é um problema relativamente recente, já que a transfusão de sangue existe a apenas algumas centenas de anos.
Existem quatro tipos sanguíneos principais. O mais antigo é o B, que deve ter se originado há cerca de 3,5 milhões de anos – existia antes mesmo de a espécie humana ter evoluído de seus ancestrais hominídeos, a partir de uma mutação genética que modificou um dos açúcares que ficam na superfície das células vermelhas do sangue.
Aproximadamente 2,5 milhões de anos atrás, mutações inativaram o açúcar, originando o sangue do tipo O, que não tem nem o açúcar do tipo A nem do B. O sangue AB, como é fácil supor, é coberto tanto pelo açúcar A como pelo B.
Esses açúcares fazem com que alguns tipos de sangue sejam incompatíveis entre si. Se for feita uma transfusão de sangue com um doador de sangue do tipo A para uma pessoa com o tipo B, o sistema imunológico do receptor reconheceria o invasor e começaria um ataque – essa reação imunológica poderia matar o indivíduo.
O sangue do tipo O negativo é conhecido como o “doador universal” porque não tem as moléculas que podem provocar essa reação (o “negativo” significa que ele não tem outro tipo de molécula na superfície, conhecida como o fator Rh).
A principal causa evolucionária dos variados grupos sanguíneos parece ser as doenças. Por exemplo, a malária parece ser a principal força seletiva por trás do tipo O. Esse tipo sanguíneo é mais prevalente na África do que em outras partes do mundo, e se acredita que esse sangue carrega algum tipo de vantagem evolutiva.
A vantagem parece surgir no sentido de que as células infectadas com malária não aderem bem aos tipos sanguíneos O ou B. Células sanguíneas infectadas com malária são mais propensas a ficar nas células com o açúcar A, formando aglomerados conhecidos como “rosetas”, que podem ser fatais quando se originam em órgãos vitais, como o cérebro.
Por outro lado, as pessoas com sangue tipo O podem ser mais propensas a outras doenças. Por exemplo, essas pessoas são conhecidas por serem mais suscetíveis a serem atingidas pela bactéria Helicobacter pylori, que provoca úlceras.
Entretanto, os cientistas ainda não sabem se algum tipo de doença em específico provocou os diferentes tipos de sangue dos humanos.

Cultura envenena cérebro com racismo.

Durante anos, cientistas sociais descobriram uma verdade inquietante. Não importa quão igualitária uma pessoa pretende ser, a sua mente inconsciente possui alguns pensamentos racistas ou sexistas.
Mas um novo estudo descobriu que isso pode dizer menos sobre a pessoa individualmente e mais sobre a cultura que a envolve.
A pesquisa descobriu que as pessoas são rápidas em associar pares de palavras que evocam estereótipos (por exemplo, “negro – pobre” ou “negro – imbecil”), mas essa tendência é baseada não no sentido social das palavras, mas na probabilidade das palavras que aparecem juntas na literatura e na mídia.
Ou seja, este preconceito implícito é mais influenciado pela cultura do que por qualquer maldade inata da pessoa.
Há uma ideia de que as pessoas tendem a associar os negros com a violência, mulheres com fraqueza, ou pessoas mais velhas com o esquecimento, porque elas são preconceituosas. Mas há outra possibilidade de que o que está em sua cabeça não é somente sua ideia, mas a cultura em torno de você. O seu conteúdo é, em grande parte, aquilo que você absorveu da leitura, do rádio, da televisão, da internet…
Nos estudos, as pessoas deveriam associar pares de palavras que trazem à mente alguns estereótipos. “Feminino” e “fraco” são mais rapidamente associados do que “feminino” e “mundano”, por exemplo. Esse preconceito implícito é diferente dos preconceitos explícitos, que os psicólogos indentificam perguntando às pessoas como elas se sentem em relação à diversos grupos sociais.
Mas a raiz do preconceito implícito não estava clara. De fato, as pessoas podem associar pares de palavras porque viram o significado compartilhado dentro deles – eles realmente pensam em “negro” e “pobres” como termos coincidentes. Mas as pessoas também podem ligar as duas palavras porque elas simplesmente veem as palavras juntas na literatura e na mídia com mais frequência do que as palavras “negro” e “imbecil”.
Os pesquisadores testaram a teoria, dando a 104 alunos de graduação um dos três testes. No primeiro, o estudante viu duas palavras brilharem na tela do computador, uma após a outra, e depois tinha que dizer se a segunda palavra era uma palavra real. No segundo, as palavras também apareciam como flash na tela e o participante devia classificar se a segunda palavra era positiva ou negativa. O terceiro experimento foi idêntico, mas os alunos foram questionados se as duas palavras eram relacionadas.
Os pares de palavras eram uma mistura de termos estereotipados sobre os homens, mulheres, negros, brancos, jovens e velhos. Alguns dos pares incluídos eram palavras sem sentido também.
Em todos os três experimentos, um menor tempo de reação à resposta para uma pergunta indica uma ligação mais estreita entre as duas palavras no cérebro. Como em outros estudos, os participantes foram mais rápidos em reagir a pares de palavras que provocaram estereótipos.
Mas esta experiência tinha um outro nível: os pesquisadores analisaram os resultados usando um programa de computador chamado BEAGLE. Este programa contém uma amostra de artigos de livros, revistas e jornais, cerca de 10 milhões de palavras no total, imitando a quantidade média de leitura que um estudante universitário deve ter feito em sua vida.
O programa analisa todas as palavras, incluindo a frequência com que duas palavras aparecem próximas umas das outras.
Comparando os resultados, o BEAGLE confirmou que, de fato, as palavras que aparecem mais frequentemente em conjunto no mundo real são o gatilho para uma reação mais rápida em laboratório. Isto é válido para estereótipos positivos e negativos, como “masculino – forte” e “feminino – fraco”, mas também para os pares completamente neutros, como “verão – ensolarado”.
Também não houve relação entre os preconceitos implícitos das pessoas, medidos pelo tempo de reação, e seu racismo explícito, medido através de questionários.
Isto mostra que pelo menos parte do suposto racista ou sexista dentro de todos nós é, na verdade, um monstro que não é de nossa própria fabricação, construído a partir de contatos com o nosso meio ambiente.
Embora limitada à população em idade universitária, os pesquisadores afirmam que os resultados pintam um retrato do preconceito como um ciclo doloroso: o pensamento preconceituoso gera discurso preconceituoso, que é então internalizado para gerar o pensamento ainda mais preconceituoso.
Mas, claro, a cultura não é desculpa para o racismo já que a influência da sociedade sobre seus indivíduos não os isenta de suas responsabilidades pessoais.
E, como sugere o estudo, fazer as correções políticas poderia ser uma boa ideia para não colocar esses estereótipos lá fora e incentivar mais a intolerância.

Por que tantas pessoas têm fetiche por pés?

Fetiche por pés é algo mais comum do que parece, mas um americano de 50 anos passou dos limites. Ele foi detido na última segunda-feira depois de se aproximar de várias mulheres em lojas fazendo um pedido incomum: posso chupar seus dedos? O maníaco dos pés, Michael Robert Wyatt, já tinha sido autuado em 1990, pelo mesmo motivo. Da última vez ele até fingiu ser um podólogo, tudo para acariciar e chupar os dedos de uma mulher em uma loja de roupas.
Ok, casos como esses são raros, mas não é nada difícil encontrar pessoas loucas por pés. Estudos já mostraram que os pés são a parte do corpo mais fetichizadas depois dos órgãos sexuais. Quase metade de todos os fetiches é pelos pés, e quase dois terços dos principais objetos fetiches são relacionados com eles, como sapatos e meias.
Sigmund Freud afirmava que as pessoas sexualizam os pés porque eles se assemelham a um pênis.